A ovulação é um processo natural do corpo feminino, fundamental para que a mulher possa engravidar. Ela se caracteriza pelo crescimento dos folículos ovarianos e a liberação de um óvulo a cada ciclo menstrual. Em alguns casos pode haver a liberação de mais de um gameta, e em outros casos nenhum óvulo é liberado.
Quando não há a liberação de gameta, significa que há algum problema no sistema reprodutor feminino. A ausência de ovulação é chamada de anovulação. Esta é uma das principais causas da infertilidade feminina, já que sem óvulos é impossível engravidar.
Por sua vez, a anovulação pode ser causada por diferentes fatores, como distúrbios hormonais e outras questões. Em alguns casos é possível tratá-la, e assim a mulher tem possibilidade de engravidar de forma natural. Quando isso não é possível, a reprodução assistida pode auxiliar.
Saiba mais sobre a anovulação, suas causas e tratamentos.
Antes de falar sobre anovulação, é preciso entender o que é, e como acontece a ovulação. A ovulação é a liberação de um óvulo que ficará disponível para ser fecundada por um espermatozoide, gerando um embrião e resultando em uma gestação.
Para que ela aconteça, diversos processos devem acontecer e o sistema reprodutor feminino precisa estar funcionando adequadamente. Durante o ciclo menstrual, há uma grande alteração nos níveis de diversos hormônios que fazem com que todo o processo aconteça.
Se há algum distúrbio hormonal ou problemas relacionados aos ovários, a ovulação não acontece e a mulher passa pela anovulação.
A anovulação pode ser causada por diferentes fatores. Os mais comuns são os distúrbios hormonais e questões relacionadas à reserva ovariana, estando eles relacionados a outros problemas.
A falência ovariana representa o esgotamento dos óvulos, ou da reserva ovariana. Toda mulher já nasce com o número total de gametas que terá por toda sua vida e a cada ciclo menstrual um grande número é perdido e a reserva ovariana vai diminuindo.
Quando a reserva se esgota a mulher inicia a menopausa, que é a última menstruação de sua vida, e é caracterizada pela falência ovariana. Após esse momento, não há mais ovulação e a mulher não pode mais engravidar.
Este é um processo natural e que acontece com todas as mulheres em determinado momento. O mais comum é que aconteça por volta dos 50 anos de idade, porém, pode acontecer antes — o que chamamos de falência ovariana precoce.
Como o ciclo menstrual e a ovulação dependem muito dos hormônios, qualquer pequeno distúrbio pode causar a anovulação. Os distúrbios hormonais podem estar relacionados a muitos fatores, como:
Quando a paciente é diagnosticada com anovulação, é importante fazer uma investigação para identificar sua causa e então encontrar o melhor tratamento. Em casos de doenças, por exemplo, pode ser necessário tratá-las antes de uma nova tentativa de gravidez, já que muitos desses tratamentos são feitos com o uso de medicamentos hormonais.
Independente do problema que está causando a anovulação, a reprodução assistida pode auxiliar a paciente a alcançar uma gestação. As técnicas principais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação intrauterina (IIU) e a fertilização in vitro (FIV).
Cada uma possui características e indicações diferentes, mas possuem uma etapa em comum: a estimulação ovariana. A estimulação é um tratamento hormonal que tem o objetivo de estimular um número maior de folículos a se tornarem dominantes para que seja possível liberar mais óvulos na ovulação. No caso das mulheres que passam pela anovulação, o tratamento pode ajudá-las a liberar pelo menos um gameta.
Os medicamentos e a dosagem são definidos de acordo com cada paciente e com a técnica que será realizada. Todas as técnicas podem ser indicadas para casos de anovulação.
A RSP é muito indicada para mulheres com distúrbios ovulatórios, desde que possuam os órgãos reprodutores saudáveis e não tenham qualquer obstrução nas tubas uterinas. Além disso, seu parceiro não pode ser diagnosticado com qualquer nível de infertilidade.
A estimulação ovariana acontece e a ovulação é monitorada por meio de ultrassonografias. No momento mais adequado, o casal é informado e deve programar suas relações para que existam boas chances de uma gestação.
A IIU também é indicada em casos de anovulação, além de casos leves de infertilidade masculina. Após a estimulação ovariana os espermatozoides são coletados, selecionados e injetados na cavidade uterina, possibilitando e facilitando a fecundação.
A FIV é a técnica mais complexa, indicada para casos graves de infertilidade. Pode ser realizada por mulheres com anovulação e oferece boas chances de sucesso. Além da estimulação ovariana, os procedimentos complementares da FIV permitem a seleção do melhor embrião ou embriões para a transferência ao útero.
Se a mulher passou pela falência ovariana ou por outros motivos e não consegue utilizar os próprios óvulos para a gestação, ainda há a possibilidade de utilizar óvulos de uma doadora anônima e fecundá-los com os espermatozoides de seu parceiro. Essa é uma técnica complementar à FIV.
Para mais informações, leia o conteúdo sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOP), uma das principais causas da anovulação.
Compartilhar: Deixe seu comentário: