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Endometrite: o que é?

Endometrite: o que é?

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Diversas doenças podem alterar o sistema reprodutor feminino e causar infertilidade. Problemas na região uterina, por exemplo, podem dificultar a implantação do embrião ou provocar abortamentos de repetição. Entre elas, temos a endometrite.

Ela é caracterizada por uma infecção no útero, gerando um processo inflamatório que pode ser de curta ou longa duração. Durante a leitura vamos abordar o que é endometrite e qual é a sua relação com a infertilidade e as técnicas de reprodução assistida.

Continue lendo e confira!

O que é endometrite?

A endometrite é caracterizada por uma inflamação no endométrio, a camada interna do útero. Geralmente, ela é causada por um processo infeccioso provocado por uma bactéria, sendo classificada como um quadro agudo ou crônico. Os casos agudos possuem curta duração e respondem rapidamente ao tratamento. A endometrite crônica é um processo mais longo e provoca diversas complicações, pois está relacionada à infertilidade.

Entre as bactérias mais comuns que podem causar a doença estão as mesmas que transmitem DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) como a gonorreia e a clamídia. A entrada de bactérias que podem causar a endometrite também pode ocorrer durante procedimentos ginecológicos, como a inserção de DIU, partos e abortamentos.

Fatores de risco

Quando o assunto é saúde, os fatores de risco são situações que podem aumentar a incidência de uma doença. Com relação à endometrite, os seus principais fatores de risco são:

Importante salientar que a presença de um fator de risco não significa, necessariamente, a certeza da doença. Usar preservativos durante as relações sexuais, por exemplo, diminui o risco de uma DST.

Quais são os sintomas da endometrite?

A endometrite crônica pode não apresentar sintomas para algumas mulheres. Nesses casos, é muito comum que a dificuldade para engravidar ou o histórico de abortamentos leve o médico a investigar a possibilidade de endometrite.

Entre os principais sintomas da endometrite, temos:

A endometrite crônica é um dos fatores que podem causar infertilidade. A inflamação do endométrio por longos períodos altera as suas características, o que pode dificultar a implantação do embrião no útero e aumentar o risco de abortamentos de repetição. Esta falha na implantação do embrião pode acontecer em uma gravidez natural ou por reprodução assistida.

Como é realizado o diagnóstico e o tratamento da doença?

O diagnóstico da endometrite não é simples. Os seus sintomas não são exclusivos, por isso, eles podem ser confundidos com outras doenças. O relato dos sintomas, a dificuldade para engravidar e o histórico de abortamentos são sinais importantes para que o médico investigue a doença.

Os exames laboratoriais analisam a presença de algum agente infeccioso. Os principais solicitados são: o exame de sangue e de urina e a biópsia do endométrio na histeroscopia. A histeroscopia é um exame de imagem que também é utilizado para o diagnóstico da endometrite. Ela possibilita a visualização da cavidade uterina para confirmar a inflamação.

Existe cura para a endometrite e é recomendado que a paciente finalize o tratamento antes de tentar engravidar, seja naturalmente ou por uma técnica de reprodução assistida.

Por ser uma infecção, ela é tratada com antibióticos. Desse modo, as bactérias são destruídas e a inflamação do endométrio é contida. Se a causa da endometrite for uma DST, o parceiro deve ser avisado para que ele também receba o tratamento.

A falta de tratamento pode causar graves complicações para a paciente. Além de infertilidade, a infecção pode se alastrar e provocar peritonite pélvica, formação de abscessos no útero e septicemia.

Qual é a relação entre a endometrite e a reprodução assistida?

Como falamos, a paciente deve finalizar o tratamento da endometrite antes de tentar engravidar. Em alguns casos, a gravidez ocorre naturalmente. Do contrário, devem-se investigar as trompas pelo risco de a infecção no útero ter se alastrado para as trompas e cavidade abdominal, resultando numa DIPA (doença inflamatória pélvica alta) e comprometido a função das tubas.

Nesse caso, se as tubas uterinas não forem restauradas após tratamento com antibiótico ou cirúrgico por videolaparoscopia com intuito de retirar aderências secundárias dessa infecção, a melhor opção de tratamento para a queixa da infertilidade será a fertilização in vitro (FIV).

A FIV é a técnica de reprodução assistida mais moderna e com maior taxa de sucesso. Ela é indicada para mulheres acima dos 37 anos e/ou casais com problemas de maior severidade nos órgãos reprodutores femininos ou masculinos.

A endometrite é caracterizada por uma inflamação no endométrio, camada interna do útero. Em geral, ela é causada por uma bactéria. Os casos crônicos são mais persistentes, sendo relacionados com a infertilidade, pois a inflamação pode dificultar a implantação do embrião. O tratamento é feito com antibióticos e, se afetar também as trompas, o casal terá a indicação de fazer uma fertilização in vitro para engravidar.

Os distúrbios uterinos são apenas uma entre os diversos fatores que podem afetar a saúde reprodutiva da mulher. Para saber mais sobre esse assunto, confira o nosso conteúdo sobre a infertilidade feminina!

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