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ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide): veja o que é

ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide): veja o que é

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A FIV (fertilização in vitro) é o tratamento de reprodução assistida mais conhecido e um dos mais utilizados pela medicina reprodutiva desde a década de 1970, quando foi feito o primeiro procedimento de sucesso, na Inglaterra.

A FIV é indicada para as mais diversas demandas reprodutivas, incluindo as pessoas que desejam engravidar, mas possuem problemas relacionados à infertilidade. Na FIV, a fecundação do óvulo é feita de forma totalmente controlada, em laboratório, e os embriões são posteriormente transferidos para o útero da mulher.

Os tratamentos de reprodução avançaram nas últimas décadas e novas técnicas foram desenvolvidas, atuando como aliadas para solucionar problemas mais específicos que levam à infertilidade, como é o caso da ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

Desenvolvida em 1992 e incorporada à FIV, é um método de fecundação que aumentou a probabilidade de mais óvulos serem fecundados, principalmente nos casos mais graves de infertilidade masculina.

O espermatozoide é a célula reprodutiva do sistema reprodutor masculino e é responsável pela fecundação do óvulo (gameta feminino).

A infertilidade masculina pode ter origem em diversas condições, que interferem no processo de produção dos gametas masculinos, na qualidade do fluído seminal ou até mesmo na anatomia dos espermatozoides, o que dificulta ou impossibilita a fecundação do óvulo.

Para entender um pouco mais sobre a ICSI, precisamos saber sobre o funcionamento da célula reprodutiva masculina e o mecanismo da técnica, observando, assim, a importância dela para o sucesso da gestação.

Neste texto vamos mostrar a importância da ICSI para casos graves de infertilidade masculina.

O que são espermatozoides?

As células reprodutivas masculinas são menores do que o óvulo e possuem uma anatomia alongada, com uma cabeça conectada a uma cauda, que o auxilia na propulsão. Milhões de espermatozoides são fabricados no testículo diariamente e, quando atingem a maturidade, ficam protegidos por um líquido, produzido pelas glândulas anexas ao sistema reprodutivo – próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais – durante a ejaculação.

Esse fluido é responsável por manter um pH alcalino e proteger os espermatozoides por dentro da vagina, que é mais ácida. Em uma ejaculação normal, são expelidos aproximadamente 50 milhões de espermatozoides e apenas 1 consegue fecundar o óvulo.

O que é a ICSI

A ICSI, ou simplesmente injeção intracitoplasmática de espermatozoide, é uma técnica para fecundação de um óvulo, previamente selecionado, por um espermatozoide, com o auxílio de um aparelho especial que introduz o gameta masculino no meio intracelular do gameta feminino.

Essa técnica proporciona um aumento nas possibilidades de fecundação para casais diagnosticados com problemas graves de infertilidade masculina.

Todos os procedimentos da FIV clássica e da FIV com ICSI são similares, a diferença consiste na forma de fecundação do óvulo e no processo de escolha do espermatozoide: além dos melhores serem selecionados pelo preparo seminal, cada espermatozoide é novamente avaliado individualmente, em movimento, por um microscópio potente e injetado apenas após ter a saúde confirmada.

Normalmente é indicada para casais com diagnóstico de azoospermia obstrutiva ou não obstrutiva. O processo contém cinco etapas e inicia da mesma forma que a FIV clássica.

Inicialmente a mulher passa pela estimulação ovariana, que tem como o objetivo estimular o crescimento de vários folículos. Para obter uma quantidade maior de óvulos, utiliza-se medicamentos hormonais similares aos produzidos pelo organismo.

Quanto mais folículos maduros forem aspirados no momento da coleta, melhores serão as chances de um tratamento bem-sucedido. A coleta dos folículos é feita um pouco antes do fim do processo de ovulação e os óvulos são extraídos em laboratório

Para a obtenção de espermatozoides, a coleta pode ser feita por masturbação ou recuperação espermática, nos casos de azoospermia. Se for por masturbação, a amostra de sêmen é submetida ao preparo seminal para a seleção dos melhores gametas.

Caso eles não estejam presentes no sêmen poderão ser retirados diretamente dos testículos ou do epidídimo, por recuperação espermática. Após a seleção dos melhores gametas o espermatozoide escolhido é injetado diretamente dentro do óvulo.

Depois da fecundação ocorre o cultivo embrionário como na FIV tradicional: os embriões são armazenados em uma incubadora e cultivados por até seis dias, processo acompanhado diariamente com o objetivo de selecionar os que se desenvolverem da melhor forma para a transferência embrionária, última etapa, e, consequentemente, a implantação no útero.

Um pouco mais sobre a FIV

Atualmente, os principais tratamentos de reprodução assistida são a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV. Porém, a FIV é a mais indicada para problemas graves de infertilidade. Como a fecundação é realizada em laboratório, as chances de concepção, nesse caso, são maiores do que nas outras técnicas, em que acontece de forma natural.

Desenvolvida com o objetivo de tratar casos graves de infertilidade feminina causados por obstruções nas tubas uterinas, hoje a FIV é indicada para diversos outros fatores relacionados à infertilidade feminina, masculina, quando o diagnóstico é de infertilidade sem causa aparente (ISCA) e até para casais homoafetivos ou pessoas solteiras que desejam ter filhos biológicos.

Os avanços da FIV proporcionaram também um progresso da reprodução humana assistida, possibilitando desde a prevenção da transmissão de distúrbios genéticos e anomalias cromossômicas à gravidez de homens e mulheres incapazes de ter filhos por meios naturais, realizando esse sonho.

Esses avanços devem-se principalmente ao desenvolvimento de técnicas complementares, como o PGT (teste genético pré-implantacional), e à incorporação da ICSI.

Se você procura mais informações sobre a FIV com ICSI, toque no link e leia mais.

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