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Infertilidade primária e infertilidade secundária: você sabe as diferenças?

Infertilidade primária e infertilidade secundária: você sabe as diferenças?

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Falar sobre infertilidade para casais que sonham em constituir família ou desejam engravidar novamente pode ser considerado um assunto ‘assustador’. No entanto, essa situação é mais comum do que muitos pensam e você não está sozinha nisso!

Na verdade, não conseguir engravidar pode ter diversos fatores, como a idade do casal e possíveis problemas de fertilidade masculina, feminina ou ambas.

O importante é saber que nem sempre a gravidez é alcançada na primeira vez e que o resultado positivo desejado não deve se tornar uma obsessão ou motivo de ansiedade ou depressão.

Para ajudar no sonho desses casais, preparamos este artigo, com informações sobre a infertilidade, como causas, descoberta e tratamentos. Confira!

Como a infertilidade é definida?

A infertilidade pode ser definida como a incapacidade de atingir uma gravidez após 12 meses ou mais de tentativas sem a utilização de métodos contraceptivos. Estima-se que 15% dos casais em idade reprodutiva têm problemas para engravidar.

A infertilidade pode ser diagnosticada no homem, na mulher ou em ambos, por isso é importante que a investigação seja feita nos dois membros do casal.

As diferenças entre infertilidade primária e secundária

Existem dois tipos de infertilidade: primária e secundária.

Infertilidade primária: refere-se a casais que ainda não tiveram filho ou filhos e não conseguem engravidar após um ano de tentativas sem o uso de métodos contraceptivos.

Infertilidade secundária: refere-se a casais que já têm pelo menos um filho e não conseguem mais engravidar ou sustentar a gravidez até o nascimento da criança.

Possíveis causas

Existem causas de origem feminina e de origem masculina, mas também pode acontecer que os dois sofram alterações na fertilidade que conduzam à dificuldade de engravidar.

Causas da infertilidade feminina

A infertilidade feminina pode estar associada a diferentes fatores: uterinos, tubários ou ovarianos. Diversas doenças ou condições podem provocar alterações nos órgãos do sistema reprodutor e provocar infertilidade.

Doenças autoimunes, como tireoidite, artrite reumatoide, espondilite anquilosante e lúpus, podem ser causas de infertilidade. Elas podem impedir a fecundação ou a implantação do embrião no endométrio, podendo provocar abortos de repetição por rejeição materno-fetal.

Os distúrbios hormonais são outra causa comum. Eles podem causar diversas alterações que levam à infertilidade, como a anovulação ou ausência de ovulação.

Também existem fatores de risco, como obesidade, diabetes ou a ingestão de certos medicamentos, que podem causar alterações na qualidade ovariana, anormalidades menstruais ou problemas reprodutivos.

Outra causa comum de infertilidade é a obstrução tubária. Nas tubas uterinas ocorre a união do óvulo com o espermatozoide, processo chamado fecundação. Portanto, lesões nas tubas podem impedir a gravidez. Endometriose na região ou hidrossalpinge são alguns exemplos. A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade. Trata-se do crescimento de um tecido semelhante ao endométrio em áreas fora do útero, como as tubas uterinas ou os ovários.

Com relação ao útero, a presença de miomas ou pólipos endometriais é o principal motivo de infertilidade.

Causas da infertilidade masculina

A fertilidade masculina pode ser afetada por problemas com a produção de espermatozoides ou com o seu deslocamento pelo sistema reprodutor masculino. Alguns fatores são:

Para detectar o motivo da infertilidade masculina o exame mais importante é o espermograma, que avalia tanto o sêmen de forma geral como os espermatozoides.

Técnicas de reprodução assistida

As técnica de reprodução assistida são um dos principais recursos para superar a infertilidade, tanto primária como secundária. A investigação é feita da mesma forma e, se for o caso, a técnica mais adequada é indicada para o casal. Essa indicação é individualizada. Não há indicações padronizadas. Existem 3 técnicas de reprodução assistida que podem ser indicadas: a relação sexual programada (RSP), também chamada de coito programado, a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV) (técnica de alta complexidade).

Relação sexual programada ou coito programado

É indicada para casos mais leves de infertilidade feminina, como problemas na ovulação. Ela não é indicada quando há fatores de infertilidade masculina, já que não há nenhum tipo de preparação dos gametas masculinos para a fecundação.

Na RSP, a fecundação ocorre nas tubas uterinas, naturalmente. O casal precisa manter relações sexuais no período fértil para aumentar as chances de sucesso, que ficam em torno de 20%.

Inseminação artificial (IA)

A inseminação artificial tem uma indicação um pouco mais ampla, mas ainda bastante restritas. Ela pode ser indicada para mulheres e homens com problemas leves de infertilidade, como alterações na ovulação e uma pequena redução no número ideal de espermatozoides no sêmen.

Na IA, o sêmen é coletado e preparado em laboratório, para só depois ser depositado dentro do útero da parceira.

É um processo simples e minimamente invasivo que aumenta a probabilidade de gravidez e pode ser repetido por até seis vezes.

Fertilização in vitro (FIV)

A fertilização in vitro é uma técnica de alta complexidade. A fecundação não acontece no corpo, mas em laboratório. Tanto os gametas femininos como masculinos são coletados e preparados para a fecundação em uma placa de cultivo preparada para essa finalidade.

A FIV é indicada para praticamente qualquer caso de infertilidade, tanto masculina como feminina.

Quer saber mais sobre infertilidade? Veja o nosso conteúdo sobre infertilidade masculina!

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