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Pólipos endometriais: conheça melhor os sintomas

Pólipos endometriais: conheça melhor os sintomas

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Os sintomas, além de simples consequências da doença, podem ser também valiosas ferramentas para motivar a busca por atendimento médico rápido, o que favorece tratamentos mais bem sucedidos e evita problemas mais graves, como a infertilidade feminina.

Para as mulheres em geral e casais que estão iniciando as tentativas de engravidar, conhecer os sintomas das doenças com potencial para provocar infertilidade pode ser o diferencial que leva a um atendimento precoce, reduzindo as chances de danos à função reprodutiva.

Os pólipos endometriais, embora produzam sintomas em uma pequena parcela das mulheres portadoras, são uma das doenças que oferecem risco de infertilidade por falhas na implantação embrionária e abortamento de repetição.

Por isso, este texto busca informar sobre os principais sintomas dos pólipos endometriais e a relação deles com a fertilidade das mulheres.

Aproveite a leitura!

O que são pólipos endometriais?

Pólipos endometriais são formações tumorais benignas e estrogênio dependentes, que se manifestam especialmente na menopausa e pós-menopausa, mas também podem ser encontrados nas mulheres em idade reprodutiva e, nesses casos, provocar infertilidade.

O tecido que compõe os pólipos, no entanto, é ligeiramente diferente do endométrio original, principalmente por contar com uma quantidade relevantemente menor de receptores de progesterona, diminuindo a ação protetiva do hormônio sobre a multiplicação celular provocada pelo estrogênio.

Assim, a ação estrogênica é mais intensa sobre as células dos pólipos, aumentando as taxas de multiplicação celular e consequentemente seu crescimento e desenvolvimento em direção à cavidade uterina.

A ação estrogênica sem o controle da progesterona tende também a disparar processos inflamatórios locais, que podem resultar em dor e sangramentos anormais, um dos principais sintomas dos pólipos.

Como identificar os sintomas dos pólipos endometriais?

O sangramento uterino anormal (SUA) é uma das principais marcas dos pólipos endometriais, diagnosticados em cerca de 30% dos casos de SUA.

Os pólipos endometriais são estrogênio dependentes, ou seja, seu crescimento acontece quando a concentração deste hormônio no corpo da mulher está mais alta: no período próximo à ovulação até aproximadamente a metade da segunda etapa do ciclo menstrual.

Nas mulheres em idade reprodutiva, o sangramento anormal decorrente dos pólipos costuma se manifestar como aumento considerável no volume menstrual, na duração do período menstrual e sangramentos fora do período e durante as relações sexuais.

Como os pólipos sofrem uma influência menor da progesterona, hormônio que estabiliza o endométrio, ao descamar, o volume de sangue aumenta e o processo inflamatório local pode provocar dores intensas.

A presença dos pólipos aderidos ao endométrio também pode provocar hipersensibilidade local, que se reflete em dores e sensação de incômodo durante a relação sexual, formando um quadro de dispareunia, um dos sintomas possíveis para os pólipos endometriais.

Dificuldades para engravidar e infertilidade são ainda riscos oferecidos pelos pólipos endometriais. A mulher pode apresentar problemas no processo de implantação do embrião, que dá início à gestação, até mesmo passar por perdas gestacionais recorrentes, condição chamada abortamento de repetição.

Como é feito o diagnóstico dos pólipos endometriais?

Os pólipos endometriais são assintomáticos na maior parte dos casos: aproximadamente 75% das mulheres na pós-menopausa são diagnosticadas com pólipos endometriais nos exames de rotina, por não apresentarem qualquer sintoma da doença.

Nesses casos, a ultrassonografia transvaginal costuma indicar as primeiras suspeitas sobre a presença de alterações endometriais e, por isso, também é o primeiro exame solicitado para as mulheres sintomáticas que procuram atendimento médico.

A histerossonografia é semelhante à ultrassonografia transvaginal, porém realizada com o preenchimento do útero por soro fisiológico, que distende o órgão e facilita a visualização mais detalhada do endométrio. Pode ser solicitada para a confirmação dos pólipos endometriais.

Se esses exames de imagem não forem conclusivos, a mulher pode realizar também a histerossalpingografia, um exame de raio-X com contraste que produz imagens mais nítidas e precisas, possibilitando a identificação do tamanho dos pólipos, assim como a extensão que ocupam no endométrio.

Tratamentos para pólipos endometriais

Os pólipos podem ser abordados por diversas terapêuticas, de acordo com a gravidade dos casos e os desejos reprodutivos da mulher:

Os casos assintomáticos em que a mulher não encontra dificuldades para engravidar podem ser acompanhados por exames de imagem, enquanto o tratamento medicamentoso é indicado quando há sintomas leves e na ausência de desejos reprodutivos.

Polipectomia é a retirada cirúrgica dos pólipos endometriais, indicada para os casos mais severos ou quando há desejo reprodutivo, e realizada por videolaparoscopia, um procedimento minimamente invasivo no qual também podem ser colhidas amostras de tecido para biópsia, que avalia a chance de malignidade das células.

Reprodução assistida e pólipos endometriais

Pode ser indicado o tratamento com reprodução assistida, caso mesmo após a polipectomia, a infertilidade permanecer.

A FIV (fertilização in vitro) é a técnica mais adequada para esses casos, por permitir a transferência dos embriões, formados pela fecundação em laboratório, somente quando o útero está mais receptivo.

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