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Aborto: como reduzir os riscos?

Aborto: como reduzir os riscos?

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A interrupção involuntária da gestação, que chamamos de aborto espontâneo, é uma condição comum no início da gravidez. De forma geral, a maior parte dos casos ocorrem antes da 12ª semana.

Apesar de o termo correto para essa condição ser abortamento, ela é mais conhecida como aborto, por isso, vamos manter esse padrão. Na linguagem médica, o abortamento é o processo de interrupção da gravidez antes da 22ª semana ou do feto atingir 500 gramas, enquanto aborto é o produto eliminado.

O tema é delicado e pode desencadear uma sensação de frustração e problemas emocionais nos casais e nos seus familiares, principalmente, quando ele acontece mais de uma vez. Embora não seja possível evitar todas as causas de aborto espontâneo, é possível minimizar alguns riscos, como mostraremos neste artigo.

Boa leitura!

Quais são as principais causas de aborto?

O aborto é a intercorrência obstetrícia mais comum, podendo atingir até 20% das gestações. A grande maioria ocorre durante o primeiro trimestre (12ª semana) e diminui com o avanço da gravidez.

Ele pode acontecer com qualquer mulher e o motivo pode não ser descoberto, principalmente, se o aborto ocorreu nas primeiras semanas de gestação. A seguir, vamos mostrar as causas mais comuns de aborto. Confira!

Anormalidades cromossômicas

As anormalidades cromossômicas são causadas por um erro no número de cromossomos ou na sua estrutura. Na maioria dos casos elas são relacionadas a problemas na qualidade dos gametas ou na divisão embrionária. As anormalidades cromossômicas ocorrem ao acaso, porém, o risco é maior entre mulheres com mais de 37 anos, pois a fertilidade feminina diminui com a idade.

Anormalidades uterinas

Após a fecundação, o embrião segue em direção à cavidade uterina para se implantar no endométrio e dar início à gestação. Desse modo, a presença de alguma alteração na anatomia do órgão pode impedir o desenvolvimento do bebê.

As anormalidades uterinas podem ser congênitas ou adquiridas. O principal exemplo do primeiro grupo são as malformações uterinas como o útero bicorno, septado e unicorno. Enquanto as adquiridas podem ser doenças que causam aderências, como miomas, pólipos e endometriose.

Estilo de vida e alimentação

O estilo de vida do casal e a alimentação também podem aumentar o risco de aborto. Hábitos como o tabagismo (tanto do homem, quanto da mulher), o consumo excessivo de cafeína e o uso de álcool e drogas. Todos esses fatores provocam um desequilíbrio no corpo que, assim como os extremos de peso, afetam a saúde da paciente e do bebê.

Como reduzir os riscos de aborto?

Cada gestação é única e, por isso, o atendimento humanizado é fundamental para que essa fase especial na vida de uma família ocorra da forma mais leve possível. O risco do abortamento pode ser minimizado com algumas ações antes e durante a gravidez, como mostraremos a seguir.

Faça uma consulta preconcepcional

Uma gestação tranquila começa antes mesmo do momento da concepção. A consulta preconcepcional visa avaliar a fertilidade do casal, conhecer os seus hábitos, analisar o histórico familiar, entre outras ações que visam investigar a saúde do casal como um todo.

A partir disso, o médico pode propor tratamentos (em caso de uma doença já existente ou que tenha sido descoberta durante a consulta) e estratégias para aumentar as chances de uma gravidez.

Mantenha o pré-natal em dia

O pré-natal é fundamental durante toda a gestação. O acompanhamento médico durante esse período ajuda a prevenir e diagnosticar doenças que pode atingir a mãe e/ou o bebê, reduzindo riscos de aborto e de outras complicações, como partos prematuros.

Mantenha hábitos de vida saudável

Durante a gravidez, o corpo da mulher está gerando uma vida e a sua alimentação influencia no desenvolvimento do bebê. Por isso, é importante que a mulher mantenha hábitos saudáveis como ter uma dieta balanceada, fazer exercícios físicos e evitar álcool, cigarros e outras substâncias que podem afetar a gestação.

A reprodução assistida pode reduzir os riscos de aborto?

A reprodução assistida é um conjunto de técnicas indicadas para casais que, por algum motivo, têm dificuldade para engravidar. Ela também é indicada para reduzir os riscos de aborto, principalmente, quando a causa está relacionada a anormalidades cromossômicas ou abortamentos de repetição.

Entre os tratamentos disponíveis, a fertilização in vitro (FIV) é o mais moderno, pois possibilita a inclusão de técnicas complementares para diminuir a probabilidade de uma perda gestacional. O teste genético pré-implantacional (PGT) é uma delas, sendo responsável por avaliar os embriões e detectar alterações genéticas e cromossômicas antes deles serem transferidos para o útero da paciente.

O teste ERA também é indicado para casos de falhas na implantação do embrião, pois ele avalia o endométrio da mulher com o objetivo de indicar o melhor momento para a transferência embrionária.

Apesar de a reprodução assistida ser uma forma reduzir os riscos de aborto, ela não o previne totalmente. O casal que decide engravidar com a ajuda de uma técnica de reprodução assistida também precisa tomar os mesmos cuidados de uma gestação natural.

O aborto espontâneo é definido como a perda gestacional até a 22ª semana. Na maioria dos casos, ele ocorre até a 12ª semana da gestação. Embora não seja possível eliminar os riscos, é possível minimizá-los com o acompanhamento médico ao longo do pré-natal e, dependendo da realidade do casal, optando pela FIV.

Vale ressaltar que ter passado por um aborto não significa que o casal não possa ter filhos biológicos no futuro. Inclusive, após a sua recuperação física e psicológica, a mulher pode tentar engravidar novamente.

No entanto, perdas gestacionais consecutivas precisam ser investigadas por um médico. Esses casos são classificados como abortamento de repetição e você pode saber mais sobre eles tocando aqui!

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