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Como a estimulação ovariana aumenta as chances de gravidez?

Como a estimulação ovariana aumenta as chances de gravidez?

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Geralmente, durante o ciclo menstrual normal a mulher libera apenas um óvulo. No entanto, somente um óvulo pode não ser o suficiente para a gravidez quando há, por exemplo, distúrbios de ovulação, caracterizados por dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento e ruptura do folículo, que abriga o óvulo, como consequência de diferentes condições.

A estimulação ovariana é utilizada nos tratamentos de reprodução humana assistida para aumentar as chances de gravidez.

Ela tem como propósito estimular o desenvolvimento e amadurecimento de uma quantidade maior de folículos. É utilizada tanto em técnicas de baixa complexidade — como a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) —, quanto nas de alta complexidade — como a fertilização in vitro (FIV).

Vamos entender mais sobre a estimulação ovariana nas técnicas de baixa e alta complexidade dos procedimentos de reprodução humana assistida? Continue conosco.

Como funciona a ovulação natural da mulher?

Na maioria das vezes, os casos de infertilidade feminina estão diretamente relacionados aos problemas de ovulação. Eles são consequência de irregularidades menstruais, que provocam uma série de complicações para quem pretende engravidar.

Em um ciclo natural, mesmo que haja diversos folículos, apenas um se desenvolve e amadurece por completo. Dessa forma, somente um folículo libera o óvulo para ser fecundado. Os demais são perdidos, portanto, a mulher tem apenas uma única chance para engravidar em cada ciclo.

Além de ter uma chance única, mulheres com disfunção da ovulação ainda apresentam mais problemas, pois os folículos não ovulam ou não se desenvolvem. Em ambos os casos, a realização da estimulação ovariana é necessária para aumentar as chances de gravidez.

Os problemas de ovulação, além do amadurecimento ou desenvolvimento inadequado do folículo, também podem acontecer pela falha na liberação do óvulo (anovulação ou ausência da ovulação).

Entre as condições que provocam esse problema estão os distúrbios da tireoide e a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

O que é e como funciona a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é um procedimento realizado com o uso de hormônios, que atuam em diversas fases do ciclo menstrual.

Dessa maneira, na estimulação ovariana tanto o crescimento, quanto o desenvolvimento dos folículos, são estimulados por medicamentos com hormônios semelhantes aos secretados pelo organismo, no entanto, sintéticos. Sendo assim, são administrados desde o início do ciclo menstrual.

Esse processo é acompanhado por exames de acordo com a orientação do médico responsável: ultrassonografias transvaginais de forma periódica indicam quando os folículos atingem o tamanho ideal e, novos medicamentos os induzem ao amadurecimento final.

A próxima etapa do processo de reprodução assistida depende de qual técnica for a escolhida para dar continuidade ao tratamento.

Quais são as técnicas de reprodução humana assistida que utilizam a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é realizada em todas as técnicas de reprodução humana assistida.

Como a estimulação ovariana aumenta as chances de engravidar nas técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade?

As técnicas de reprodução humana assistida de baixa complexidade são mais simples do que a FIV. Afinal, nelas a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, que devem, portanto, ser saudáveis.

Por conta disso, a dosagem hormonal é mais baixa, pois o objetivo é obter uma quantidade menor de óvulos, evitando a gravidez múltipla.

A RSP normalmente é indicada quando há apenas problemas relacionados a dificuldades de ovular como consequência da SOP ou endometriose em estágios iniciais. Ou seja, os espermatozoides do parceiro não podem ter alterações.

Já na IA, como os espermatozoides são selecionados pelo preparo seminal e posteriormente inserido no útero durante o período fértil, podem ter pequenas alterações.

Dessa forma, a estimulação ovariana é extremamente importante nas técnicas de baixa complexidade para aumentar as chances de gravidez, pois ela estimula o desenvolvimento de uma quantidade maior de folículos, quando comparado ao ciclo menstrual normal da mulher.

Como a estimulação ovariana aumenta as chances de engravidar nas técnicas de reprodução assistida de alta complexidade?

Na FIV, técnica de alta complexidade, a fecundação ocorre em laboratório. Por conta disso, é preciso obter uma quantidade maior de óvulos e, portanto, o estimulo ovariano tende a ser com maiores dosagens. Um dos fatores que mais influenciam a quantidade de óvulos é a idade.

Após a indução da ovulação os folículos maduros são coletados por punção folicular, os óvulos extraídos e selecionados em laboratório.

Os espermatozoide também são selecionados pelo preparo seminal, no entanto, podem ter alterações estruturais de maior gravidade: o processo de fecundação é realizado por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Os embriões são posteriormente transferidos ao útero para que a implantação (fixação no endométrio) ocorra de forma natural.

A FIV é o tratamento de escolha quando há problemas de infertilidade feminina ou masculina de maior gravidade.

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