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Doação de embriões: saiba como é feita a técnica

Doação de embriões: saiba como é feita a técnica

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A fertilização in vitro (FIV) e as suas técnicas complementares tornaram possível que um número maior de casais e de pessoas em produção independente pudessem engravidar e ter filhos. A doação de embriões é um exemplo disso.

Os embriões são formados na fecundação devido ao encontro do óvulo (o gameta feminino) com o espermatozoide (o gameta masculino). Na FIV esse processo acontece em laboratório e os embriões viáveis excedentes devem ser criopreservados e podem ser doados no futuro.

Por ser uma possibilidade relativamente nova, muitas pessoas ainda não conhecem essa possibilidade. Dessa forma, o objetivo deste artigo é mostrar como funciona a técnica de doação de embriões e as suas principais regras.

Boa leitura!

O que é doação de embriões?

A doação de embriões é uma das técnicas complementares da FIV, podendo ser realizada apenas nesse contexto. Ela consiste na doação de embriões para casais ou pessoas em casos de produção independente que apresentam maior dificuldade de engravidar com seus próprios gametas. Entre as causas temos: baixa reserva ovariana ou má qualidade dos gametas (óvulos e/ou espermatozoides) ou ainda doença genética, aumentando as taxas de embriões acometidos. Os embriões utilizados são doados por casais que passaram pelo processo da FIV e tiveram embriões excedentes.

A técnica é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2013, sendo indicada para casos específicos como:

Para a realização da doação de embriões, outra técnica complementar da FIV é imprescindível: a criopreservação. Ela consiste no congelamento de embriões e gametas por um tempo indeterminado sem perder a qualidade do material. Além disso, ela também é muito utilizada no contexto da preservação da fertilidade.

A doação de embriões pode ser feita apenas no contexto da fertilização in vitro. Por isso, confira no próximo tópico como ela é feita.

Como a FIV é realizada?

A fertilização in vitro é uma técnica de alta complexidade, sendo a única que é realizada em laboratório. A fecundação acontece pelo encontro do óvulo com o espermatozoide fora do corpo da mulher. Os embriões formados passam alguns dias na fase de desenvolvimento embrionário, durante o qual o seu crescimento é observado. Do segundo ao quinto dia de desenvolvimento, eles são transferidos para o útero da paciente.

Em alguns casos, o casal gera um número maior de embriões do que o limite estabelecido pelo CFM que podem ser transferidos. Por isso, os embriões viáveis excedentes devem ser criopreservados por, pelo menos, três anos. Após esse período, o casal pode assinar um termo autorizando o descarte dos embriões.

No caso de os responsáveis pelos embriões não desejarem congelar os excedentes ou mesmo arcar por sua manutenção durante os 3 anos, há a possibilidade de, a qualquer momento, seja no dia da transferência embrionária, seja depois do beta positivo, seja ainda após o parto, assinar um termo dando a tutela dos embriões à clínica de reprodução, que poderá encontrar alguém que venha a receber esses embriões doados ou após três anos fazer o descarte deles.

O casal receptor entra em contato com a clínica de assistida, que com base nas suas características físicas, escolhe os embriões compatíveis.

As primeiras etapas da FIV não são realizadas, pois os embriões já estão formados. Antes da transferência embrionária, a mulher faz o preparo endometrial. Essa fase consiste na administração de medicação hormonal para aumentar a espessura do endométrio para aumentar as chances da implantação dos embriões ou por meio da monitorização da ovulação natural.

Após a transferência, a mulher deve aguardar 14 dias para confirmar a gravidez.

Quais são as regras vigentes para a doação de embriões?

O CFM possui algumas regras para que a doação de embriões seja realizada. Elas protegem a identidade dos doadores e dos receptores do embrião, assim como garante que todo o processo seja o mais seguro possível para as partes envolvidas.

A doação de embriões não é realizada de forma aleatória. A escolha dos doadores é feita com base nas características físicas do casal que receberá os embriões, como a cor da pele, do cabelo e dos olhos. Além disso, a identificação dos doadores é mantida em sigilo, assim como a identidade dos receptores dos embriões e a doação não pode ter caráter comercial ou lucrativo.

Qual é a taxa de sucesso da técnica?

A fertilização in vitro é a técnica de maior taxa de sucesso, principalmente, devido às suas técnicas complementares. Um dos fatores que influenciam no resultado é a qualidade dos embriões que serão utilizados, por isso, a doação de embriões apresenta bons resultados.

Além disso, a criopreservação – mesmo que seja por muitos anos — não altera a qualidade dos embriões, aumentando as chances do casal. Existem diversos fatores a serem considerados para determinar uma taxa de sucesso, porém, estima-se que 55% dos ciclos da FIV sejam bem-sucedidos, tendo em vista que serão embriões de boa qualidade.

A doação de embriões é uma técnica que pode ser realizada apenas na fertilização in vitro. Os embriões viáveis que não foram utilizados pelo casal durante o ciclo da FIV devem ser criopreservados. Eles podem ser doados para o processo da FIV de outros casais.

Como vimos, a doação de embriões está diretamente relacionada com a FIV, pois ela pode ser realizada apenas nesse contexto. Para se aprofundar nesse tema, confira o nosso conteúdo institucional sobre a doação de embriões!

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  1. Olá, Carlos! Obrigado pelo seu comentário.
    Peço a gentileza de entrar em contato com a clínica.
    Telefone: (81) 99517-6564
    Atenciosamente.

  2. Boa noite queria tirar uma duvida em relação a adocao de embriao. Sobre os procedimentos que e feito e os custos