Os óvulos, também chamados de ovócitos, são gametas femininos. Portanto, são as células reprodutivas da mulher. Dessa forma, são fecundados e dão origem a uma nova vida. A fecundação é a união do óvulo (gameta feminino) e do espermatozoide (gameta masculino).
No entanto, muitas pessoas têm dúvidas sobre como funciona esse processo e sobre a diferença entre óvulos, folículos e oócitos. Vamos entender mais sobre esse assunto? Continue conosco!
Óvulos são gametas femininos. A cada novo ciclo menstrual da mulher, vários folículos crescem, um deles começa a se desenvolver, amadurece, rompe e libera o óvulo no processo chamado ovulação.
O óvulo é envolvido em uma membrana conhecida como zona pelúcida. Essa membrana, nutre o ovócito durante o seu desenvolvimento e tem a função de proteger o óvulo e permitir a entrada de apenas um espermatozoide.
Como vimos, muitas pessoas têm dúvidas na hora da diferenciação dos óvulos, oócitos e folículos.
Veja bem: o folículo é a estrutura onde ficam armazenados os óvulos imaturos. Ele se desenvolve durante o ciclo menstrual, amadurece e libera o óvulo que está no seu interior.
No entanto, para que haja a fecundação, um espermatozoide precisa encontrar esse óvulo, originando um embrião e iniciando a gravidez. Em outras palavras, os óvulos são células femininas responsáveis pela reprodução. Oócitos ou ovócitos, é o termo clínico utilizado para denominá-los.
Para que o espermatozoide fecunde um óvulo é preciso passar por três camadas:
A coroa radiada está diretamente ligada à camada protetora e exterior do óvulo (zona pelúcida). Ela possui duas ou três camadas de células foliculares.
Funciona assim: o óvulo que foi liberado na ovulação emite sinais químicos para atrair os espermatozoides. Portanto, o primeiro obstáculo que ele tem é atravessar essa coroa.
A zona pelúcida, também chamada de envelope vitelínico, é uma estrutura ligada à coroa radiada. A sua principal função é fornecer os nutrientes essenciais para o óvulo. Ela é gelatinosa e circunda o ovócito e o embrião até a camada uterina.
Dessa maneira, o segundo desafio que o espermatozoide tem é penetrar nela. Quando ele consegue, a zona pelúcida se torna impermeável, ou seja, impossibilita que outros espermatozoides penetrem.
A membrana plasmática do óvulo e espermatozoide se fundem representando a terceira fase da fecundação humana, para que posteriormente ocorra a fusão dos pronúcleos dos gametas com as informações genéticas do futuro ser humano.
A quantidade de folículos que a mulher libera em cada ciclo vai diminuindo conforme o tempo passa. Por isso, as chances de gravidez caem até que ela se torne infértil.
Apesar da grande quantidade de folículos que crescem, a mulher libera normalmente apenas um óvulo. Assim, as técnicas de reprodução humana assistida se tornam uma alternativa importante para quem deseja realizar o sonho de ter um bebê e sofre com distúrbios de ovulação, a causa mais comuns de infertilidade feminina.
Em todas elas, tanto nas de baixa complexidade, quanto na de alta complexidade, a primeira etapa é a estimulação ovariana, procedimento realizado com medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de mais folículos e, consequentemente, obter mais óvulos para a fecundação.
O desenvolvimento dos folículos é acompanhado por exames de ultrassonografia periódicos, que indicam o melhor momento para que novos medicamentos os induzam à ovulação.
No entanto, embora seja um procedimento comum a todas as técnicas, elas utilizam protocolos diferentes.
Nas técnicas de baixa complexidade — como a relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA) — a estimulação ovariana tem o objetivo de conseguir de 1 a 3 óvulos, pois a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, processo chamado in vivo.
Na RSP, além da estimulação ovariana, o objetivo é programar o melhor período para intensificar a relação sexual. Já na IA, os espermatozoides previamente selecionados são inseridos no útero durante o período fértil.
Na técnica de alta complexidade, a fertilização in vitro (FIV), a estimulação ovariana tem o objetivo de conseguir uma quantidade maior de óvulos, aproximadamente 10, uma vez que a fecundação acontece de forma artificial, em laboratório, in vitro.
Após a administração de medicamentos indutores, a fecundação ocorre em aproximadamente 36 horas. Durante esse período os folículos maduros são coletados por punção folicular e os óvulos extraídos e selecionados em laboratório.
Assim como na IA, os espermatozoides são selecionados por técnicas de preparo seminal e os melhores gametas utilizados na fecundação.
Atualmente, a fecundação é realizada na maioria das clínicas de reprodução assistida por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada espermatozoide é novamente avaliado individualmente e injetado diretamente no óvulo por um micromanipulador de gametas.
Os embriões formados, depois de serem cultivados em laboratório por até 6 dias, são transferidos para o útero e se implantam no endométrio iniciando a gestação.
Se você gostou de aprender mais sobre o que são óvulos, complemente o seu estudo com a leitura de outro texto que aborda a infertilidade feminina. Boa leitura!
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