Art Fértil
Transferência embrionária: saiba mais sobre as regras

Transferência embrionária: saiba mais sobre as regras

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transferência embrionária é uma etapa que é realizada apenas na fertilização in vitro (FIV), pois a sua fecundação é realizada no laboratório. Na relação sexual programada e na inseminação artificial, técnicas de baixa complexidade, o encontro entre o óvulo e o espermatozoide acontece nas tubas uterinas, como na gestação natural.

No Brasil, a reprodução assistida é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), sendo responsável pelas normas éticas e as regras para que as técnicas sejam realizadas. A resolução que está em vigor atualmente é a nº 2.294/2021, que alterou algumas regras da transferência embrionária. Por isso, neste artigo, vamos mostrar como essa etapa da FIV é realizada.

Boa leitura!

Quais são as principais indicações da FIV?

Antes de apresentarmos a transferência embrionária, vamos mostrar o que é a FIV e em quais situações ela é indicada. Atualmente, ela é a técnica de reprodução assistida mais utilizada por ser recomendada para a maioria dos casos de infertilidade.

A FIV é indicada para diversas causas, como:

Como a FIV é realizada?

A FIV é uma técnica de alta complexidade realizada em laboratório. Ela é dividida em 5 etapas: a estimulação ovariana e a indução da ovulação, a punção folicular e a coleta do sêmen, a fecundação, o cultivo embrionário e a transferência embrionária.

Assim como as demais técnicas de reprodução assistida, o primeiro passo da FIV é a estimulação ovariana. Durante 8 a 12 dias, a paciente recebe medicação hormonal para estimular o crescimento dos folículos ovarianos, estruturas que guardam os óvulos no seu interior.

No ciclo menstrual, apenas um folículo se desenvolve, liberando o gameta feminino na ovulação. Por isso, essa etapa é essencial para aumentar as chances de sucesso da FIV. Quando atingem o tamanho ideal, a paciente recebe uma dose do hormônio hCG para finalizar o amadurecimento dos folículos e induzir a ovulação.

A punção dos folículos acontece cerca de 36 horas depois para coletar os óvulos. No mesmo dia, o sêmen do parceiro também é coletado e preparado para que apenas os de maior qualidade participem do processo. Com os gametas prontos, chegou o momento da fecundação, que é realizada pela técnica ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).

Ela possibilita que os espermatozoides sejam introduzidos diretamente nos óvulos, aumentando as chances de sucesso da FIV. Os embriões formados seguem para o cultivo embrionário, onde ficam em observação por 3 a 5 dias até o momento da transferência embrionária.

Quais são as regras da transferência embrionária na FIV?

transferência embrionária é a última etapa da FIV. Nessa fase, os embriões de maior qualidade são transferidos para o útero da mulher que irá gestar o bebê. O procedimento é rápido e não necessita de anestesia.

A paciente deita em posição ginecológica e, com o auxílio de um cateter, o médico coloca os embriões no útero para que a implantação aconteça no endométrio, a camada interna uterina. Após alguns minutos de repouso, a mulher é liberada e pode retornar para a sua rotina no dia seguinte.

Para minimizar o risco de gravidez múltipla, o número de embriões utilizados na FIV depende da idade da paciente, sendo:

Os embriões euploides são recomendados para a transferência embrionária e possuem a maior probabilidade de gerar uma gravidez bem-sucedida. Por isso, embriões que passaram por um teste genético pré-implantacional (PGT) devem se adequar a essa regra. Além disso, nos casos em que os óvulos utilizados são provenientes de doação, é considerada a idade da doadora no momento da coleta dos gametas.

Pelas regras do CFM, o número máximo de embriões gerados não pode passar de 8. Desse modo, se após a transferência embrionária houver embriões excedentes viáveis, eles devem ser criopreservados.

Qual a taxa de sucesso da FIV?

O principal objetivo das técnicas de reprodução assistida é aumentar as chances do casal ter filhos. Entre elas, a FIV possui a maior taxa de sucesso (cerca de 40% por ciclo), sendo indicada para a maioria das causas de infertilidade e de outros fatores que não podem ser atendidos pelas outras técnicas.

Apesar da sua alta taxa de sucesso, o risco do tratamento falhar ainda existe. Mesmo sendo muito avançada, alguns fatores não podem ser controlados, como o processo de transferência embrionária. Além dele, a idade da paciente, a qualidade do embrião e a presença de hábitos de vida não saudáveis podem afetar o resultado da FIV.

Porém, por ser muito avançada e poder incluir técnicas complementares no seu processo, a FIV consegue diminuir as chances de falhas, sendo a alternativa mais indicada para os casais que desejam ter filhos.

A transferência embrionária é a última etapa do processo da FIV. Ela consiste na introdução dos embriões no útero da paciente. Para isso, apenas os de maior qualidade são selecionados para aumentar as chances de uma gravidez.

A FIV é uma técnica complexa, por isso, é normal ter dúvidas sobre as suas indicações e como ela é realizada. Se esse for o seu caso, deixe aqui nos comentários a sua pergunta!

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