Toda mulher que já passou pela expectativa de saber se está grávida sabe como os sintomas nem sempre são claros. Essa incerteza pode criar uma certa ansiedade até que sejam feitos exames que confirmem ou não a gravidez.
Além disso, ainda hoje existem muitas dúvidas a respeito do assunto, já que os sintomas de gravidez costumam variar de acordo com as especificidades de cada mulher.
Em alguns casos, a mulher pode apresentar dor nos seios, indisposição, enjoos e alterações no humor. Isso acontece porque a própria gravidez provoca alterações nos hormônios sexuais, especialmente nas primeiras semanas, que se refletem no corpo da mulher, indicando a possibilidade de ela estar grávida.
No entanto, também é possível que a mulher não sinta nada, e só suspeite da gravidez quando a menstruação começa a atrasar – e outros casos, ainda, em que a mulher continua menstruando, mesmo depois de já estar grávida.
Por isso, este texto foi escrito, com objetivo de mostrar quais podem ser os sintomas da gravidez e as diretrizes do que fazer, nestes casos.
Boa leitura!
A fecundação acontece quando os gametas masculinos e feminino – espermatozoides e oócito, respectivamente – se encontram, no interior das tubas uterinas, e o espermatozoide consegue penetrar o meio intracelular do oócito, gerando o zigoto – célula que origina todo o embrião, já a partir das primeiras clivagens.
Após a fecundação, o embrião em estágio de mórula é transportado até o útero, pelos movimentos peristálticos tubários, e deve realizar a nidação no endométrio – camada de revestimento da cavidade uterina –, onde se desenvolve até o final da gestação.
Assim que o embrião se implanta no endométrio, inicia a produção de hCG (gonadotrofina coriônica humana), que age na manutenção do corpo lúteo, conservando também a produção e liberação de progesterona, evitando que se inicie um novo ciclo ovulatório.
A progesterona é um hormônio importante na preparação do organismo para a gestação, além de auxiliar na manutenção da gravidez – e a queda na concentração desse hormônio pode causar falhas na implantação do embrião e abortos de repetição.
Outro hormônio importante no processo da gravidez é o estrogênio. Atuante no desenvolvimento dos caracteres sexuais e nos ciclos reprodutivos, este hormônio também participa de todo o processo de gestação, parto e amamentação, associado ao comportamento de outros hormônios, como a prolactina, que desempenha um papel importante principalmente no final da gravidez.
Produzida pela placenta, durante a gestação, e associada a outro hormônio – o lactogênio placentário –, a prolactina tem a função preparar as glândulas mamárias para o futuro aleitamento. Após o parto, a prolactina atua junto com a ocitocina na própria produção do leite materno.
Durante a gravidez ocorrem diversas mudanças hormonais na mulher, que provocam variadas alterações, tanto físicas como emocionais.
Estas alterações hormonais são tão significativas, que os níveis de alguns hormônios, como é o caso dos estrogênios, chegam a aumentar 30 vezes. Como ele promove a dilatação dos vasos e prepara o corpo da mulher para o aumento do volume de sangue em veias e artérias, essa dilatação vascular costuma causar sintomas como dores de cabeça e calores.
Com a dilatação e o crescimento das glândulas mamárias, promovidos pelo estrogênio e pela prolactina, a região pode ficar sensível, e a mulher sentir um pouco de dor nos seios.
Um sintoma muito comum durante a gravidez é o famoso enjoo, causado na maioria das vezes pelo aumento nas taxas de progesterona. Este hormônio também pode provocar aumento do sono e da salivação, alterações de humor e inchaços no corpo, devido à retenção de líquidos, mesmo no início da gravidez.
O acompanhamento médico durante a gravidez é muito importante, não apenas para a saúde do bebê, mas também da mulher, que pode apresentar elevação nos índices de glicose e de triglicérides para suprir as necessidades nutricionais do bebê. Além disso a pressão arterial materna também pode se mostrar alterada, o que significa pré-disposição à eclampsia.
Outro ponto que merece destaque nos sintomas de gravidez, principalmente no primeiro trimestre, são as alternâncias de humor, desencadeadas pela descarga de hormônios que interferem na produção de serotonina.
As alterações no metabolismo da serotonina podem fazer com que a mulher apresente fadiga, desânimo, sonolência e alterações no apetite – sintomas potencializados ainda pelos enjoos, decorrentes do aumento na progesterona.
Alguns procedimentos podem ser feitos para ajudar a aliviar todos esses sintomas, como a utilização de medicamentos antieméticos, para minimizar as crises de vômito, que devem ser utilizados apenas após orientação médica.
Massagens e outras técnicas, como acupuntura e medicina chinesa, também são úteis para auxiliar nas dores no corpo, além de aliviar o estresse emocional, causado por todas as alterações, hormonais, físicas e emocionais que a mulher passa durante a gestação.
Todos estes sintomas e alterações, sentidas pela mulher durante a gravidez, podem ocorrer tanto na gestação natural, quanto na reprodução assistida. A diferença é que na reprodução assistida algumas etapas são efetuadas com mais controle, e a gestação é monitorada, desde o início – fazendo com que os sintomas da gravidez sejam mais previsíveis, mas não diferentes.
É importante sempre ressaltar a importância de um pré-natal bem feito, além do acompanhamento e monitoramento médico cuidadoso, não somente no início da gravidez, mas durante toda a gestação.
Quer saber como calcular o período fértil? Toque neste link e aprenda mais!
Compartilhar: Deixe seu comentário: