Art Fértil
Especialização em Reprodução Assistida

A Universidade Católica em parceria com a clínica Art Fértil tem o prazer de anunciar a abertura das inscrições para a primeira especialização em Reprodução Assistida do Norte Nordeste. Este é o primeiro programa de pós-graduação lato sensu é uma oportunidade para ginecologistas e obstetras aprofundarem seus […]

A Universidade Católica em parceria com a clínica Art Fértil tem o prazer de anunciar a abertura das inscrições para a primeira especialização em Reprodução Assistida do Norte Nordeste.

Este é o primeiro programa de pós-graduação lato sensu é uma oportunidade para ginecologistas e obstetras aprofundarem seus conhecimentos e se especializarem nesse campo em constante crescimento.

Como irá funcionar?

O programa de especialização em Reprodução Assistida da Universidade Católica contará com a coordenação da Dra. Altina Castelo Branco, e é cuidadosamente projetado para fornecer uma formação abrangente e de alta qualidade.

Os alunos terão a oportunidade de estudar com renomados especialistas da área, aprender sobre os mais recentes avanços em técnicas de fertilização in vitro, inseminação artificial, criopreservação de gametas e embriões, diagnóstico genético pré-implantacional, entre outros temas relevantes.

Além disso, os participantes terão acesso a laboratórios de última geração e a uma estrutura acadêmica de excelência, o que garantirá uma experiência de aprendizado enriquecedora.

A interação com profissionais experientes e a troca de conhecimento entre os alunos contribuirão para a construção de uma rede sólida de contatos e colaboração no campo da Reprodução Assistida.

Para quem é o Programa?

Se você é médico interessado em aprimorar suas habilidades e conhecimentos em Reprodução Assistida, esta é a oportunidade que você estava esperando. As inscrições para a especialização em Reprodução Assistida da Universidade Católica já estão abertas. Não perca essa chance de se destacar em sua carreira e fazer a diferença na vida das pessoas.

Informações:


Para mais informações sobre o processo de inscrição, currículo do curso e datas importantes, visite o site oficial da Universidade Católica ou entre em contato com nossa equipe de atendimento ao aluno.

Venha fazer parte da primeira especialização lato sensu em Reprodução Assistida do Norte Nordeste e embarque em uma jornada de aprendizado e crescimento profissional.

Informações: WWW.UNICAP.BR/POS

Telefone: (81) 9.914682

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O que é menopausa precoce?

A fertilidade feminina é uma função cíclica, que depende da integridade do útero, já que a gestação toda se desenrola no interior desse órgão, mas também da disponibilidade de óvulos – as células reprodutivas femininas – e do equilíbrio dos processos envolvendo a ovulação. Ao […]

A fertilidade feminina é uma função cíclica, que depende da integridade do útero, já que a gestação toda se desenrola no interior desse órgão, mas também da disponibilidade de óvulos – as células reprodutivas femininas – e do equilíbrio dos processos envolvendo a ovulação.

Ao nascer, todas as células reprodutivas da mulher já foram formadas e permanecem alojadas nos ovários e estacionadas em um estágio específico de desenvolvimento até a puberdade. Esse conjunto de células é chamado reserva ovariana.

Diferente do que acontece no corpo masculino, a mulher não produz células reprodutivas depois do nascimento e por isso a reserva ovariana é um estoque limitado.

A cada ciclo reprodutivo essas células são sistematicamente consumidas não somente para que participem da ovulação, mas também como suporte hormonal para os eventos gerais do ciclo menstrual.

Esse consumo faz com que a reserva ovariana vá diminuindo com o tempo, até que chegue naturalmente ao fim, com a menopausa – que ocorre por volta da 5ª década de vida da mulher.

Embora esse processo seja natural, alguns fatores podem influenciar a saúde dos ovários e da reserva ovariana, comprometendo o tempo de vida fértil da mulher – o que chamamos menopausa precoce.

Neste texto você vai encontrar informações sobre o que é a menopausa precoce, seus sinais e sintomas e o papel da reprodução assistida na prevenção da infertilidade permanente, nestes casos.

Boa leitura!

O que é a menopausa?

Segundo a definição estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a menopausa pode ser constatada quando a mulher deixa de menstruar por perda de função ovariana durante mais de 12 meses consecutivos, sem que qualquer doença ou comorbidade seja causadora deste quadro.

A menopausa é um evento natural da vida reprodutiva da mulher e seus efeitos podem ser sentidos durante alguns anos antes do fim definitivo da reserva ovariana e da fertilidade feminina.

O rebaixamento da reserva ovariana – ligeiramente perceptível já após os 35 anos – leva a uma diminuição da produção de estrogênios e um aumento na concentração de androgênios. As mudanças no balanço hormonal produzem sintomas como:

  • Oscilações de humor;
  • Agitação;
  • Irritação;
  • Depressão;
  • Diminuição na lubrificação vaginal;
  • Diminuição na libido;
  • Cefaleia;

Normalmente a menopausa acontece por volta dos 50 anos, quando a mulher passa a não mais conseguir engravidar e ter filhos naturalmente.

A menopausa pode também ocorrer em outros momentos da vida da mulher, como nos casos de menopausa em decorrência da retirada cirúrgica dos ovários, menopausa tardia (que acontece após os 53 anos) e a menopausa precoce.

Entenda melhor a menopausa precoce

Considera-se que a mulher possa ter um quadro de menopausa precoce quando a reserva ovariana e os ciclos reprodutivos chegam ao fim antes dos 40 anos de idade. Nestes casos, é comum que a mulher já apresente os sintomas da menopausa alguns anos antes desse momento, por volta dos 30 a 35 anos.

Diferente do que se observa em uma mulher que passa pelo processo normal da menopausa, em quem aos 35 anos é possível observar apenas uma pequena redução na fertilidade, nos casos de menopausa precoce nesta idade a mulher já apresenta sintomas claros da menopausa.

É importante que a mulher busque atendimento médico quando nota um espaçamento maior que 40 dias entre os ciclos menstruais, além da diminuição na duração da menstruação e no volume do fluxo menstrual – sinais que podem indicar o início do quadro de menopausa precoce.

A menopausa precoce frequentemente é resultado de alterações genéticas, como a FOP (falência ovariana precoce), presente na síndrome de Turner e outras condições genéticas que implicam em dificuldades reprodutivas, envolvendo os ovários e a reserva ovariana, para a mulher.

Nesse sentido, também a retirada dos ovários (ooforectomia), que pode ser uma consequência de doenças como a endometriose, tumores algumas doenças infecciosas que provocam ooforite, provoca um quadro de menopausa precoce, com todos os sintomas da menopausa tradicional.

Menopausa precoce e infertilidade

A menopausa precoce é uma condição que diminui o tempo de vida fértil da mulher e, dependendo das especificidades de cada caso, pode também significar dificuldades permanentes para engravidar, mesmo em mulheres mais jovens.

Quando a menopausa precoce é resultado de quadros genéticos, é comum que outros sinais levem ao diagnóstico antes da puberdade e, nestes casos, é possível prever que a vida fértil da mulher será mais curta. Nos casos idiopáticos, a mulher somente percebe a possibilidade da menopausa precoce quando os sinais do climatério se manifestam antes do tempo.

Nos casos em que a menopausa precoce é resultado da retirada cirúrgica dos ovários as doenças que levaram à necessidade da ooforectomia podem também já estar comprometendo a fertilidade da mulher antes mesmo da cirurgia.

Na endometriose ovariana, em que os endometriomas crescem aderidos ao córtex dos ovários, o próprio crescimento destes cistos prejudica a reserva ovariana e pode provocar anovulação. A doença pode diminuir a vida fértil da mulher, levando à menopausa precoce, ao mesmo tempo que dificulta a gravidez, com a anovulação.

Como a reprodução assistida pode ajudar?

Com auxílio da reprodução assistida, especialmente da FIV (fertilização in vitro) – técnica mais complexa e abrangente entre as disponíveis atualmente – mesmo a mulher com menopausa precoce pode conseguir uma gestação.

Nos tratamentos com a FIV os embriões são sempre formados fora do corpo da mulher, com a fecundação em laboratório e utilizando células reprodutivas previamente coletadas. As células reprodutivas podem, inclusive, estar conservadas por congelamento (criopreservação) antes da fecundação – o que é interessante sobretudo para mulheres com menopausa precoce.

A preservação da fertilidade com o congelamento de óvulos e a fecundação com ovodoação são as principais alternativas oferecidas pela reprodução assistida à mulher com menopausa precoce. As duas possibilidades somente são viáveis em tratamentos com a FIV.

A infertilidade feminina é uma condição complexa. Se você busca mais informações sobre o assunto, toque neste link e leia nosso conteúdo com

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Epididimite e infertilidade: qual a relação?

O organismo masculino, assim como a mulher, possui um complexo sistema reprodutivo. Esse sistema é formado por diferentes estruturas que colaboram entre si para a fertilidade masculina, ou seja, para que um homem consiga ter filhos. O pênis e a uretra, apesar de também fazerem […]

O organismo masculino, assim como a mulher, possui um complexo sistema reprodutivo. Esse sistema é formado por diferentes estruturas que colaboram entre si para a fertilidade masculina, ou seja, para que um homem consiga ter filhos.

O pênis e a uretra, apesar de também fazerem parte do sistema urinário, compõem e participam ativamente do sistema reprodutor do homem. Além deles, os testículos, os epidídimos, o canal deferente, as vesículas seminais e a próstata são outras estruturas que juntas formam o sistema reprodutor masculino.

É comum que a maioria das pessoas estejam familiarizadas com os testículos, mas desconheçam a existência dos epidídimos, bem como sua importância para a saúde espermática e fertilidade do homem.

Os epidídimos são pequenas estruturas conectadas aos testículos que, além de armazenar os espermatozoides produzidos por eles, também servem de passagem para que os gametas masculinos cheguem ao ducto deferente quando acontece uma ejaculação.

O ducto deferente passa pelas glândulas bulbouretrais, vesículas seminais e próstata para enfim chegar na uretra. Nesse percurso os espermatozoides se unem aos líquidos secretados por estas estruturas para formar o sêmen, que sai pela uretra quando acontece a ejaculação.

Doenças infecciosas, principalmente as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), podem afetar os epidídimos causando epididimite, uma situação que geralmente leva à infertilidade.

Vamos abordar neste texto com mais detalhes a epididimite e qual a sua relação com a infertilidade masculina.Aproveite a leitura!

O que são os epidídimos?

Os epidídimos são estruturas pares e tubulares, de proporções microscópicas e que se apresentam enroladas, podendo chegar a ter até 6 metros de comprimento, localizadas em cima de cada testículo.

São responsáveis por coletar os espermatozoides produzidos nos túbulos seminíferos dentro dos testículos que, quando recém-formados, ainda precisam desenvolver motilidade, já que nascem sem a cauda. A motilidade espermática é indispensável para que essas células se locomovam no interior do organismo feminino e fecundem o óvulo.

Além de armazenar os espermatozoides, os epidídimos também conectam os testículos ao ducto deferente, para onde os espermatozoides são transportados quando acontece uma ejaculação.

É por isso que doenças ou outros fatores que afetam os epidídimos, como a epididimite, normalmente prejudicam a fertilidade masculina.

O que é epididimite?

A epididimite é a inflamação dos epidídimos, na maioria dos casos está relacionada a doenças infecciosas, especialmente ISTs como a clamídia e a gonorreia. A infecção que gera a epididimite, além de bacteriana pode ser de origem viral.

A epididimite acontece quando a infecção não é identificada e tratada rapidamente e o agente infeccioso se espalha, geralmente causando primeiro uma uretrite para depois, ao chegar aos epidídimos, desencadear a inflamação que caracteriza a epididimite.

Outros fatores, como traumas, sequelas de intervenções cirúrgicas ou a prática de esportes que impactam a região testicular com frequência, como o ciclismo profissional, também podem causar a epididimite, apesar de mais raramente.

Porém, a inflamação causada pela gonorreia é a mais comum, sendo essa doença inclusive um fator classificativo da epididimite, que costuma ser dividida em 2 tipos: gonocócica, causada pela gonorreia, e não gonocócica, causada por outros fatores ou doenças.

É uma doença reversível na maioria dos casos, mas é importante que seja tratada rapidamente, principalmente quando causada por ISTs. Isso porque, nesses casos o tratamento além de beneficiar a pessoa com a doença tem a função de prevenir a contaminação de outras.

Além disso, a epididimite é uma das maiores causas de infertilidade masculina.

A epididimite está relacionada com a infertilidade masculina?

A resposta para essa pergunta é que em muitos casos, sim! Quando os epidídimos ficam inflamados, circunstância que caracteriza a epididimite, geralmente acontece uma obstrução que impede a saída dos espermatozoides ali armazenados para os ductos deferentes.

Ou seja, o sêmen desse homem, mesmo que ejaculado, não tem espermatozoides em sua composição, o que impossibilita que ele gere filhos.

Além disso, é possível que a inflamação prejudique o desenvolvimento dos espermatozoides e mesmo que eles consigam sair para o canal deferente apresentem problemas de motilidade, prejudicando a fecundação e consequentemente a fertilidade do homem.

Motilidade progressiva e não progressiva

Como mostramos anteriormente, é nos epidídimos que os espermatozoides completam sua formação, desenvolvendo a cauda que utilizam para sua motilidade, ou movimentação, dentro do organismo da mulher.

Quando um espermatozoide tem suas funções de motilidade preservadas, ou seja, consegue se locomover para frente, em progressão, dizemos que eles possuem motilidade progressiva. Espera-se que esse tipo de espermatozoides componha pelo menos 32% dos gametas presentes no sêmen para que o homem tenha uma boa fertilidade.

Já os espermatozoides com motilidade não progressiva são aqueles que conseguem se movimentar, porém se movimentam de forma errática, geralmente em círculos, sem progredir adiante,o que faz com que não consigam chegar às tubas uterinas para fecundar o óvulo.

Em alguns casos a epididimite pode afetar a motilidade espermática, aumentando a quantidade de espermatozoides com motilidade não progressiva e causando infertilidade masculina mesmo que os espermatozoides ainda estejam presentes no sêmen.

Se desejar saber mais sobre epididimite toque neste link!

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ICSI e infertilidade masculina

A reprodução assistida é um conjunto de técnicas que auxiliam casais com as mais diversas demandas reprodutivas a ter filhos com segurança. Casais inférteis são um dos grupos atendidos pelas técnicas de reprodução assistida. Atualmente a reprodução assistida conta com três técnicas principais, das quais […]

A reprodução assistida é um conjunto de técnicas que auxiliam casais com as mais diversas demandas reprodutivas a ter filhos com segurança. Casais inférteis são um dos grupos atendidos pelas técnicas de reprodução assistida.

Atualmente a reprodução assistida conta com três técnicas principais, das quais somente a FIV (fertilização in vitro) e a IA (inseminação artificial) atendem aos casos de infertilidade masculina.

No contexto da infertilidade masculina, enquanto a IA é indicada somente para os casos leves, a FIV é mais abrangente – já que mais complexa –, e pode ser indicada também para as situações mais severas.

A ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) é uma tecnologia complementar à FIV, inicialmente indicada para infertilidade masculina severa, mas que pode ser utilizada para melhorar também as taxas de sucesso da FIV em outros tratamentos.

Neste texto abordaremos a relação entre a ICSI e a infertilidade masculina, mostrando mais detalhes sobre a técnica e suas indicações.

Entenda melhor o que é a FIV

A FIV é a técnica mais complexa atualmente, especialmente porque sua metodologia prevê a realização de todos os processos reprodutivos iniciais em laboratório, de forma altamente controlada e por isso com mais chances de sucesso na maior parte dos casos, inclusive de infertilidade masculina.

Assim como a maior parte das técnicas de reprodução assistida, a FIV é dividida em etapas sequenciais e interdependentes, ou seja, o sucesso de uma etapa depende de que a fase anterior tenha sido também bem sucedida.

De forma geral, os tratamentos tradicionais com a FIV são divididos nestas 5 etapas, exatamente nesta ordem:

  • Estimulação ovariana e indução da ovulação;
  • Coleta de células reprodutivas (óvulos e espermatozoides);
  • Fecundação;
  • Cultivo embrionário;
  • Transferência dos embriões selecionados.

Além dos procedimentos padrão, algumas etapas também podem contar com tecnologias complementares, que direcionam os tratamentos com a FIV para atender às especificidades de cada caso.

A recuperação espermática é um exemplo de tecnologia complementar associada à etapa de coleta de espermatozoides e permite que a equipe médica obtenha gametas masculinos diretamente dos epidídimos e testículos – indicada para infertilidade masculina por azoospermia obstrutiva e não obstrutiva.

A ICSI também é uma tecnologia complementar à FIV

Desenvolvida e utilizada desde o início da década de 1990, a injeção intracitoplasmática de espermatozoide – ou simplesmente ICSI – é uma tecnologia complementar à FIV e associada à etapa de fecundação.

Além da fecundação ser reproduzida fora do corpo da mulher, na FIV com ICSI também a entrada do espermatozoides no interior do óvulo é realizada de forma controlada – o que aumentou as taxas de sucesso da fecundação e, assim, dos tratamentos como um todo.

Assim como a recuperação espermática, nosso exemplo inicial, a ICSI também foi indicada inicialmente aos casos de infertilidade masculina.

ICSI e infertilidade masculina

A infertilidade masculina é uma condição que pode ser resultado de duas formas principais de comorbidades: problemas na formação dos espermatozoides (espermatogênese) e obstruções no trajeto percorrido pelos espermatozoides e pelo sêmen, para que a ejaculação aconteça.

A ICSI pode melhorar o aproveitamento das células reprodutivas masculinas nos dois casos, dentro do contexto do tratamento como um todo, mas especialmente quando a etapa de coleta de espermatozoides contém poucas células reprodutivas viáveis, mesmo com a aplicação das técnicas de recuperação espermática.

Doenças como a varicocele, problemas genéticos, tumores testiculares e desequilíbrios na produção e expressão da testosterona podem prejudicar a espermatogênese, levando a alterações espermáticas como:

  • Astenozoospermia (poucos espermatozoides com a motilidade preservada);
  • Teratozoospermia (muitos espermatozoides com alterações morfológicas);
  • Oligozoospermia (baixa concentração de espermatozoides no sêmen);
  • Azoospermia não obstrutiva (sêmen sem espermatozoides).

Nestes casos, a ICSI é importante viabilizar o tratamento com a FIV para casos graves de infertilidade masculina.

A técnica permite que a fecundação possa ser realizada mesmo com poucos espermatozoides disponíveis, já que a metodologia utiliza apenas uma célula reprodutiva masculina para cada fecundação.

Atualmente, além de atender aos casos de infertilidade masculina mais graves, a ICSI também tem sido utilizada nos tratamentos tradicionais da FIV, por melhorar expressivamente as taxas de sucesso dos tratamentos como um todo.

Como acontece a fecundação com ICSI?

Os preparativos para a fecundação com ICSI já começam antes mesmo desta etapa, durante a coleta de espermatozoides – que pode ser feita por masturbação ou recuperação espermática, dependendo de quais alterações espermáticas estão por trás da infertilidade masculina.

Para realizar a ICSI, independente da forma de coleta, é interessante que o sêmen seja submetido ao preparo seminal para separação da amostra total em subamostras contendo uma concentração maior de espermatozoides viáveis.

Destes, apenas um espermatozoide é selecionado e acomodado em uma espécie seringa conectada à uma agulha especial, capaz de perfurar a zona pelúcida e a membrana plasmática do óvulo e introduzir o espermatozoide diretamente no interior dessa célula.

Os óvulos devem ser coletados antes da ICSI e devidamente preparados para a fecundação, acomodados em uma placa de vidro contendo meio de cultura adequado para o desenvolvimento embrionário inicial.

Após a ICSI, os embriões são encaminhados para o cultivo embrionário, que tem duração de 3 a 5 dias, quando a transferência dos embriões é realizada.

Quer entender melhor o que é a FIV com ICSI? Então toque neste link e conheça nosso conteúdo completo sobre o assunto!

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O que é barriga de aluguel?

Indicada para os casos mais severos de infertilidade feminina, quando a mulher não pode passar pela gestação, embora ainda conte com células reprodutivas completamente saudáveis, a barriga de aluguel (o mais correto é “barriga solidária”) é um recurso importante da reprodução assistida. O termo barriga […]

Indicada para os casos mais severos de infertilidade feminina, quando a mulher não pode passar pela gestação, embora ainda conte com células reprodutivas completamente saudáveis, a barriga de aluguel (o mais correto é “barriga solidária”) é um recurso importante da reprodução assistida.

O termo barriga de aluguel ficou conhecido no Brasil com a regulamentação da FIV (fertilização in vitro), especialmente no início dos anos 1990, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) emite a primeira resolução para regulação da reprodução assistida no país.

No entanto, barriga de aluguel é uma expressão contraditória em relação a algumas das diretrizes estabelecidas pelo CFM. A principal delas é a proibição de qualquer troca comercial e lucro envolvendo o casal que busca a cessão temporária de útero e a mulher que se voluntaria para a barriga solidária.

Assim, não há exatamente um aluguel na barriga de aluguel, mas sim o compartilhamento do útero da mulher de forma voluntária, que passa pela gestação no lugar da mulher com problemas de infertilidade. Nesse sentido, o termo mais utilizado popularmente hoje é barriga solidária.

Este texto mostra com mais detalhes o que é a barriga de aluguel e como esse recurso pode ajudar os casais com quadros mais graves de infertilidade.

Boa leitura!

O que é barriga de aluguel (barriga solidária)?

Sinônimo mais popular dos termos técnicos “cessão temporária de útero” e “útero de substituição”. A barriga de aluguel (barriga solidária) é um recurso da reprodução assistida que atende a demandas reprodutivas especialmente de mulheres que não podem gestar, casais homoafetivos masculinos e homens que desejam viver a paternidade de forma independente.

A barriga solidária é possível desde que a medicina reprodutiva desenvolveu e aprimorou técnicas para a criopreservação de embriões obtidos com a FIV, permitindo a transferência desses embriões para qualquer outro útero, além do útero materno.

No Brasil, o CFM determina que o casal que precisa da barriga solidária deve buscar uma voluntária entre mulheres com parentesco em até 4º grau com um dos membros do casal e que tenham menos de 50 anos de idade.

As candidatas à barriga solidária devem passar por avaliação médica e psicológica antes da transferência dos embriões e acompanhamento ao longo da gestação, assim como o casal.

Quando a barriga solidária é indicada para casais homoafetivos e homens solteiros que desejam ter filhos, é necessário também que a clínica busque uma doadora de óvulos, para que a fecundação possa ser realizada.

A barriga de aluguel com ovodoação também pode ser uma alternativa para casos em que, além de não poder gestar, a mulher também não pode contar com os próprios óvulos para a fecundação em laboratório.

Indicações da barriga solidária

A barriga solidária é a única possibilidade de engravidar, para alguns casos específicos, como os casais homoafetivos masculinos e homens solteiros que desejam ter filhos. A técnica, no entanto, também é fundamental em situações envolvendo quadros de infertilidade feminina em que a gestação é impossível ou muito arriscada.

Em alguns casos, as doenças que impedem a gestação não são diretamente reprodutivas e sim relacionadas a alterações cardíacas, renais e pulmonares, que normalmente provocam oscilações anormais na pressão arterial, podendo colocar a vida da mulher em risco caso ela engravide.

A infertilidade feminina por fator uterino é uma das principais indicações da barriga solidária para mulheres. Nesse sentido, aquelas com malformações uterinas, como septos residuais e útero didelfo ou duplo, que provocam dificuldades para manter a gestação até o parto, podem ser beneficiadas pela técnica.

Mulheres que por qualquer motivo passaram pela histerectomia – cirurgia para retirada do útero e, em alguns casos, também das tubas uterinas – e desejam engravidar após o procedimento também podem receber indicação.

Entenda o passo a passo da barriga solidária

É importante lembrar que a barriga solidária é uma possibilidade apenas para tratamentos com a FIV, já que o procedimento depende do acesso aos embriões, que é impossível nas demais técnicas de reprodução assistida.

Nos casos em que a barriga solidária serve a casais homoafetivos masculinos e homens solteiros que desejam ter filhos. O processo começa com coleta de espermatozoides de um dos membros do casal, que pode ser feita por masturbação ou recuperação espermática, em caso de azoospermia.

As etapas seguintes seguem o protocolo tradicional dos tratamentos com a FIV: a fecundação do óvulo obtido por doação com um espermatozoide de um dos membros do casal e o cultivo dos embriões em laboratório, simultaneamente ao preparo endometrial da mulher que vai passar pela barriga solidária.

Quando é indicada para casais com infertilidade feminina por fator uterino, a futura mãe inicia o tratamento com a estimulação ovariana e a indução da ovulação, enquanto a mulher que faz a barriga solidária inicia o preparo endometrial.

Essas etapas servem à coleta de óvulos, que precede a fecundação, assim como a coleta de sêmen e espermatozoides. Essas etapas são ligeiramente diferentes do que acontece nas situações anteriores, em que os óvulos são obtidos por doação e descongelados antes da fecundação.

Em todas as situações, no entanto, os embriões obtidos após a fecundação são cultivados por 3 a 5 dias e transferidos para o útero de substituição, previamente preparado e receptivo.

Aconselha-se ao casal e à voluntária para barriga solidária que realizem os exames de gravidez cerca de 12 dias após a transferência dos embriões. Dando início ao pré-natal especial, caso os resultados sejam positivos.

Leia mais sobre cessão temporária de útero tocando neste link.

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Adenomiose e reprodução assistida

A adenomiose é uma condição em que células glandulares e estromáticas, típicas do endométrio, se desenvolvem na camada muscular (intermediária) do útero, conhecida como miométrio. Embora seja mais prevalente nas mulheres entre 40 e 50 anos, a adenomiose também pode ser encontrada em mulheres mais […]

A adenomiose é uma condição em que células glandulares e estromáticas, típicas do endométrio, se desenvolvem na camada muscular (intermediária) do útero, conhecida como miométrio.

Embora seja mais prevalente nas mulheres entre 40 e 50 anos, a adenomiose também pode ser encontrada em mulheres mais jovens, especialmente multíparas, ou seja, em mulheres que já tiveram dois ou mais filhos.

O sangramento uterino anormal, acompanhado de dismenorreia, são os dois principais sintomas da adenomiose. As origens da adenomiose ainda não estão bem esclarecidas, assim como a possibilidade de infertilidade feminina, embora sabe-se que a doença pode dificultar o planejamento familiar.

O diagnóstico da adenomiose pode ser demorado e feito também com a exclusão de outras doenças, que podem produzir sintomas semelhantes, como a endometriose e os miomas. A reprodução assistida pode ser indicada para mulheres com adenomiose que não conseguem engravidar, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.

Continue conosco na leitura deste texto e entenda melhor a relação entre adenomiose e infertilidade, além do papel da reprodução assistida na reversão da infertilidade, quando presente nestes casos.

Onde a adenomiose se instala

Onde a adenomiose se instala?

A adenomiose é uma doença uterina que envolve principalmente dois dos tecidos que compõem a parede do útero: o endométrio e o miométrio.

O útero é um órgão oco e, por isso, formado basicamente pelas camadas de tecido que formam a parede uterina. O perimétrio é a camada mais externa, em contato com o ambiente da cavidade pélvica. É constituído por células serosas, que limitam o útero em relação aos demais órgãos e estruturas da região.

Entre o perimétrio e o endométrio, encontramos o miométrio, que é a camada mais espessa do útero, essencialmente muscular e responsável pela capacidade de esticar e contrair deste órgão.

Revestindo internamente a cavidade uterina, o endométrio é o tecido em que acontece a nidação e que mantém contato direto com a placenta durante a gestação. Formado por células glandulares e estromáticas, o endométrio é o tecido uterino mais hormonalmente responsivo, interagindo principalmente com o estrogênio e com a progesterona durante o ciclo reprodutivo.

A fronteira entre o endométrio e o miométrio é chamada zona juncional, que marca a transição dos tipos celulares típicos do endométrio para o extrato muscular do útero.

Na adenomiose, as células endometriais invadem parte da zona juncional e chegam ao miométrio. Especialmente na fase folicular do ciclo reprodutivo, quando a secreção de estrogênio aumenta gradualmente, o tecido endometrial invasivo pode inflamar, provocando hipersensibilidade e risco maior de sangramento.

A descamação uterina, que produz o sangue menstrual, também é mais intensa e dolorosa, já que o processo alcança também a região miometrial, o que explica parte dos sintomas de sangramento uterino anormal e dismenorreia que a adenomiose pode provocar.

Adenomiose pode levar à infertilidade feminina?

A localização da adenomiose pode favorecer problemas reprodutivos, principalmente em função dos processos inflamatórios desencadeados pela doença. Isso acontece porque etapas importantes do início da gestação dependem da estabilidade do ambiente uterino e do preparo endometrial, que podem ser prejudicados pela inflamação provocada pela adenomiose.

Após a fecundação, que acontece naturalmente nas tubas uterinas, o embrião segue para a cavidade uterina, com auxílio do peristaltismo tubário, para dar início aos processos de nidação (implantação embrionária), que marcam o início da gestação propriamente dita. A nidação é a fixação do embrião no útero, mais especificamente no endométrio.

Para que a nidação aconteça, deve ocorrer o reconhecimento mútuo entre o endométrio e o embrião, que rompe então a zona pelúcida e infiltra suas células no endométrio, fixando o embrião no útero.

Todos os processos inflamatórios que atinjam o endométrio, como acontece na adenomiose, podem prejudicar a receptividade do endométrio e a comunicação entre este tecido e o embrião, levando a falhas na implantação, ou seja, impedindo que a nidação aconteça ou ao menos dificultando esse processo.

A relação entre a adenomiose e a infertilidade, no entanto, não é uma regra. Embora muitas mulheres com dificuldades reprodutivas possam ser diagnosticadas com adenomiose, os mecanismos da doença que afetam a fertilidade ainda não foram bem esclarecidos e por isso essa relação não está completamente compreendida.

Como a reprodução assistida pode ajudar?

A reprodução assistida pode ajudar casais com infertilidade por fatores femininos, incluindo os casos em que a dificuldade para engravidar é provocada por alterações uterinas, como a adenomiose.

Contudo, a escolha da técnica mais adequada depende do diagnóstico, para determinar com precisão as reais condições reprodutivas da mulher com adenomiose.

Por ser a adenomiose uma doença uterina, a FIV (fertilização in vitro) costuma ser a técnica mais indicada, por realizar a fecundação em laboratório e permitir que a transferência dos embriões seja feita somente quando o útero estiver receptivo.

Hoje, a reprodução assistida oferece boas chances de gravidez para casais com praticamente qualquer fator de infertilidade. Se você quiser engravidar e estiver com dificuldades, procure um especialista em reprodução assistida porque ele pode te ajudar.

A adenomiose é uma condição complexa, que continua sendo estudada. Conheça mais sobre a doença tocando neste link.

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Reserva ovariana e fertilidade: veja a relação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a infertilidade conjugal como um diagnóstico formado pela somatória das condições reprodutivas dos dois membros do casal, e pode ser provocada por problemas genéticos, malformações congênitas e doenças adquiridas. No caso das mulheres, além dos problemas nos processos […]

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a infertilidade conjugal como um diagnóstico formado pela somatória das condições reprodutivas dos dois membros do casal, e pode ser provocada por problemas genéticos, malformações congênitas e doenças adquiridas.

No caso das mulheres, além dos problemas nos processos reprodutivos, a idade é um fator adicional no declínio da fertilidade, que chega ao fim naturalmente com a menopausa.

Essa característica particular da fertilidade feminina está diretamente associada ao processo de formação embrionária do aparelho reprodutivo das mulheres – mais especificamente a formação inicial dos ovários e da reserva ovariana.

Neste texto mostraremos os detalhes sobre a relação entre a reserva ovariana e a fertilidade das mulheres, continue conosco na leitura e aproveite!

A reserva ovariana está associada à formação dos ovários

Embora a puberdade seja um marco na vida fértil da mulher, sua capacidade reprodutiva depende diretamente das estruturas formadas no início do desenvolvimento embrionário, especialmente o útero e as tubas, mas principalmente dos ovários.

Durante o primeiro processo de diferenciação sexual dos embriões, uma dinâmica hormonal específica para embriões XX leva ao desenvolvimento dos ductos de Müller, precursores do útero e das tubas uterinas, próximos ao seio urogenital – o que não acontece nos embriões XY.

Paralelamente a isso, no início da 4ª semana do desenvolvimento embrionário humano, uma quantidade específica de tecido endodérmico diferencia-se e forma as células germinativas, que são precursoras das células reprodutivas propriamente ditas – nas mulheres, os óvulos.

Essas células germinativas são envolvidas pelo cordão sexual – que nos embriões femininos, participa da formação dos folículos – por volta da 6ª semana, migrando para uma região específica do embrião.

Aproximadamente na 16ª semana, o cordão sexual forma uma camada de células em volta de cada célula reprodutiva, estruturando os folículos primários e agrupando-os no córtex ovariano. Essas células reprodutivas somente se multiplicam nesse momento do desenvolvimento embrionário, quando toda a reserva ovariana é formada e o processo é interrompido.

Na 20ª semana de gestação, os ovários, contendo toda a reserva ovariana, já estão posicionados próximos às tubas uterinas, que realizam a conexão com o útero, compondo o aparelho reprodutor feminino, embora ainda infantil.

No nascimento, a reserva ovariana é de aproximadamente 1,5 milhão folículos e irá diminuir para chegar ao número de 400.000-600.000 até a puberdade, quando têm início os ciclos reprodutivos femininos.

A reserva ovariana e seu papel na fertilidade feminina

A formação embrionária da reserva ovariana configura às mulheres uma fertilidade bastante específica, limitada por esse estoque e que é consumida a cada ciclo reprodutivo, entre a adolescência e a menopausa.

No início da adolescência ocorrem mudanças na atividade do hipotálamo e da hipófise, que levam ao aumento na produção de alguns hormônios específicos, como as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que interagem especificamente com as células dos folículos, formados no período pré-natal.

Essas alterações levam, inicialmente, ao desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, como as mamas, pelos pubianos e o arredondamento dos quadris, e posteriormente ao início dos ciclos menstruais, com a menarca (primeira menstruação).

Com a menarca, essa dinâmica dos hormônios sexuais promove o recrutamento de uma quantidade específica de folículos, a cada ciclo reprodutivo, para crescer e interagir com esses hormônios. Embora muitos folículos sejam recrutados por ciclo, apenas um consegue crescer o suficiente para participar da ovulação.

A produção de estrogênio é também uma consequência da interação entre as gonadotrofinas e os folículos em crescimento. Este hormônio colabora com os processos da ovulação e com o preparo endometrial.

Na ovulação, o folículo se rompe e o óvulo contido nele é captado pelas fímbrias, prolongamentos das tubas uterinas que auxiliam a movimentação do óvulo. A fecundação pode acontecer nas 36h que sucedem esse momento.

Ou seja, a reserva ovariana é fundamental para a fertilidade das mulheres, já que esse estoque é a origem de todas as células reprodutivas utilizadas nos ciclos menstruais, não somente para que a ovulação aconteça, mas também para a produção dos hormônios necessários para a manutenção de outros aspectos da fertilidade feminina, como a receptividade endometrial.

A fertilidade feminina é limitada pela reserva ovariana

A reserva ovariana limita a fertilidade das mulheres por ser ela mesma um estoque limitado de células reprodutivas, que – como comentamos – chega ao fim com a menopausa.

A menopausa é, assim como a menarca, um marco na vida fértil da mulher, a partir do qual não há mais possibilidades de engravidar e ter filhos biológicos. De modo geral, a menopausa acontece por volta da 50ª década de vida da mulher e, além da infertilidade, também pode ser acompanhada de outras mudanças.

Isso porque o declínio na reserva ovariana, já sensível desde os 35 anos, também implica em uma redução na atividade dos hormônios sexuais, produzidos justamente pela interação das dos folículos que compõem a reserva ovariana, com as gonadotrofinas hipofisárias.

Como preservar a reserva ovariana?

A preservação social da fertilidade, com o congelamento de óvulos, é uma possibilidade aberta pela FIV (fertilização in vitro), uma das técnicas de reprodução assistida mais abrangentes atualmente.

Com ela, a mulher pode coletar células reprodutivas que são criopreservadas e armazenadas, para que a gravidez aconteça com segurança e somente quando houver desejo reprodutivo, mesmo após o declínio da reserva ovariana.

A indicação das técnicas de reprodução assistida normalmente é precedida dos processos de investigação diagnóstica sobre a fertilidade do casal, que inclui a avaliação da reserva ovariana.

Deseja ler mais sobre a avaliação da reserva ovariana? Então toque neste link e leia nosso conteúdo completo sobre o assunto.

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O que é espermatozoide?

É importante que o casal que planeja ter filhos e dá início às tentativas para engravidar saiba que a realização desse sonho depende da fertilidade do homem e da mulher na mesma proporção. Isso porque a formação da primeira célula do futuro bebê (zigoto) é […]

É importante que o casal que planeja ter filhos e dá início às tentativas para engravidar saiba que a realização desse sonho depende da fertilidade do homem e da mulher na mesma proporção.

Isso porque a formação da primeira célula do futuro bebê (zigoto) é resultado direto da fecundação: o encontro entre óvulo e espermatozoide – as células reprodutivas feminina e masculina respectivamente – para a formação da célula primordial do desenvolvimento humano.

Nesse sentido, além do sucesso da fecundação, é importante também que óvulos e espermatozoides estejam saudáveis e sejam geneticamente viáveis. A saúde e a viabilidade dessas células dependem da integridade de alguns aspectos específicos de cada tipo.

No caso dos espermatozoides, problemas associados à motilidade e morfologia espermática podem comprometer a fertilidade do casal, assim como condições que afetam a presença dos espermatozoides no sêmen, como na azoospermia.

O espermatozoide é uma célula com características bastante peculiares em relação a todos os tipos celulares do corpo humano, principalmente no que diz respeito à quantidade de DNA.

Tudo no espermatozoide funciona para melhorar as chances desta célula sobreviver ao ambiente do corpo feminino e chegar íntegra ao cenário da fecundação, com capacidade para disputar a entrada no óvulo com os demais espermatozoides.

Continue conosco na leitura do texto a seguir e entenda melhor o espermatozoide, seu papel na reprodução humana, o processo de formação dessas células e as consequências da sua ausência no sêmen.

O DNA do futuro bebê é formado na fecundação

Todas as informações sobre nós, seres humanos – e todos os seres vivos – estão codificadas bioquimicamente no DNA de cada um.

O DNA é formado por inúmeras cadeias de genes – que codificam cada uma de nossas características e processos –, condensadas e setorializadas nos cromossomos, que se apresentam sempre aos pares.

O DNA do ser humano é constituído por 46 pares de cromossomos, incluindo os cromossomos sexuais X e Y, sendo 23 cromossomos herdados do óvulo e seus 23 pares correspondentes, herdados do espermatozoide.

Nesse sentido, a fecundação é um evento que somente pode acontecer com óvulos e espermatozoides, as únicas células do corpo a conter somente metade do DNA da mulher e do homem, respectivamente.

No momento da fecundação, um dos espermatozoides que estão em disputa consegue romper a zona pelúcida e entrar no meio intracelular do óvulo, que se fecha imediatamente para qualquer outro espermatozoide.

O corpo espermático se desfaz, liberando o DNA espermático para o encontro com o DNA do óvulo. Nesse momento o pareamento dos cromossomos acontece, formando o material genético final do futuro bebê – uma combinação do pai e da mãe.

Conheça melhor o espermatozoide

Embora todo o sêmen seja essencial para a fertilidade masculina, as células reprodutivas masculinas propriamente ditas são os espermatozoides, que precisam dos líquidos seminais para sobreviver fora do corpo do homem.

O espermatozoide é uma célula microscópica, constituída por três partes principais: cabeça, peça intermediária e cauda.

Na cabeça está o pronúcleo com o DNA espermático e o acrossomos – uma vesícula contendo enzimas para o rompimento da zona pelúcida na fecundação. A peça intermediária conecta a cabeça à cauda e é repleta de mitocôndrias.

Essas organelas celulares são abundantes para suprir a demanda de energia necessária na locomoção do espermatozoide, que acontece pela vibração da cauda.

Os líquidos seminais conseguem melhorar a taxa de sobrevivência dos espermatozoides no corpo da mulher por seu pH, que neutraliza a acidez do trato reprodutivo feminino, e pela presença de substâncias protetivas e nutritivas que criam um ambiente mais favorável para essas células.

Os espermatozoides são formados continuamente, não somente no momento da ejaculação. Enquanto a cabeça e a peça intermediária são formadas nos testículos, a cauda do espermatozoide somente conclui seu desenvolvimento nos epidídimos.

O processo de formação dos espermatozoides é chamado espermatogênese

A espermatogênese é um processo mediado principalmente pelas gonadotrofinas FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante), produzidas na hipófise e que possibilitam o amadurecimento dos espermatócitos e a produção de testosterona, nos testículos.

Esse processo tem início nos túbulos seminíferos, uma rede de ductos que forma a maior parte do tecido testicular e desemboca nos epidídimos. Nos túbulos seminíferos os espermatozoides se formam, contudo somente nos epidídimos a cauda finaliza seu desenvolvimento e o espermatozoide está realmente pronto.

Para compor o sêmen na ejaculação, os espermatozoides são conduzidos dos epidídimos para os ductos deferentes, que recebem a produção das glândulas anexas – próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais –, responsável pela parte líquida e viscosa do sêmen.

Essa mistura entre os líquidos seminais e os espermatozoides é expelida pela uretra, com auxílio de uma dinâmica muscular e nervosa específica, no momento da ejaculação.

Azoospermia: ausência de espermatozoides no sêmen

A infertilidade masculina é uma condição que pode ter origens diversas e, por isso, graus diferentes de severidade e comprometimento das funções reprodutivas.

Uma condição diretamente associada à infertilidade masculina, a azoospermia é considerada grave já que o sêmen ejaculado não apresenta espermatozoides vivos, ativos e viáveis.

O espermograma é o exame utilizado para identificar a azoospermia – além de outras alterações espermáticas –, embora os motivos pelos quais o sêmen está ausente de espermatozoides somente pode ser determinado por outros exames.

A azoospermia pode ser dividida em dois tipos, segundo suas causas: azoospermia obstrutiva, quando existe um bloqueio dos ductos de condução dos espermatozoides para a composição do sêmen, e azoospermia não obstrutiva, se as falhas estão na própria espermatogênese.

Nesse sentido, as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) estão entre as principais causas de azoospermia obstrutiva, enquanto a varicocele é o motivo mais frequente de azoospermia não obstrutiva.

Infertilidade masculina e o papel da reprodução assistida

A reprodução assistida é frequentemente indicada para casais cujo diagnóstico de infertilidade conjugal envolve um quadro de azoospermia, obstrutiva e não obstrutiva.

Entre as técnicas disponíveis, a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) são indicadas para infertilidade masculina por permitir níveis maiores de manipulação do sêmen e dos espermatozoides, que são coletados para o tratamento.

Os espermatozoides podem ser coletados por recuperação espermática, indicada principalmente para casos de azoospermia. Nessas técnicas, diferentes procedimentos conseguem obter espermatozoides diretamente dos epidídimos e dos túbulos seminíferos, mesmo ainda imaturos.

Essas células são então selecionadas e mantidas para crescimento em um meio de cultura adequado e utilizadas na fecundação em laboratório, no caso da FIV.

Além da recuperação espermática, o preparo seminal também é fundamental para melhorar as chances de sucesso da FIV em casos de infertilidade masculina. Se quiser saber mais sobre preparo seminal, toque neste link e aproveite nosso conteúdo completo!

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