Art Fértil
Infertilidade feminina: veja quais são as principais causas

A ideia de que a mulher é a responsável pela dificuldade de o casal ter filhos foi vista como uma verdade por muito tempo pela sociedade. Atualmente, sabemos que a infertilidade feminina e a masculina possuem a mesma probabilidade de acontecer. Como algumas doenças que […]

A ideia de que a mulher é a responsável pela dificuldade de o casal ter filhos foi vista como uma verdade por muito tempo pela sociedade. Atualmente, sabemos que a infertilidade feminina e a masculina possuem a mesma probabilidade de acontecer.

Como algumas doenças que afetam o sistema reprodutor feminino são assintomáticas, muitas vezes o diagnóstico e tratamento são feitos tardiamente, quando a fertilidade já está comprometida.

A infertilidade feminina é um tema extenso e, neste artigo, vamos abordar as suas principais causas. Continue a leitura para conferir!

Como o sistema reprodutor feminino é formado?

Antes de abordarmos as causas da infertilidade precisamos mostrar o sistema reprodutor feminino. Assim, será mais fácil localizar as doenças e entender como elas afetam a saúde reprodutiva da mulher.

O sistema reprodutor feminino é composto pelos ovários, tubas uterinas, útero e vagina. Os ovários são responsáveis pelo armazenamento dos folículos, que contém o óvulo primário, e pela produção de hormônios.

Tudo começa com o crescimento dos folículos ovarianos devido a ação hormonal. Eles crescem durante a primeira fase do ciclo menstrual, mas apenas um desenvolve, amadurece por completo e rompe para liberar o óvulo que estava no seu interior. Esse processo é chamado de ovulação e é fundamental para que a mulher engravide naturalmente.

O óvulo segue para uma das tubas uterinas para aguardar a chegada dos espermatozoides. Quando os gametas se unem, a fecundação acontece e o embrião formado vai em direção ao útero para dar início à gestação.

Quando a infertilidade feminina deve ser investigada?

A presença de alguma doença pode alterar o funcionamento do sistema reprodutor feminino e dificultar a gravidez. No entanto, demorar alguns meses para engravidar não significa que existe um problema de fertilidade. O casal deve procurar ajuda médica após 1 ano de tentativas sem sucesso. Mas se a mulher tiver mais do que 35 anos, esse período diminui para 6 meses.

A infertilidade feminina pode se assintomática, sendo a dificuldade para engravidar o primeiro sinal de alerta. Porém, a mulher deve ir ao ginecologista ao perceber alguma irregularidade menstrual ou dores pélvicas, entre os sintomas mais comuns de doenças que levam à infertilidade.

Quais são as causas mais comuns de infertilidade feminina?

Diversas causas e condições estão relacionadas à infertilidade feminina. Elas podem provocar alterações no sistema reprodutor da mulher, como impedir a ovulação e bloquear a passagem dos gametas impossibilitando a fecundação. E, ainda, influenciar na implantação do embrião no útero ou no desenvolvimento da gestação.

A seguir, confira as principais:

Idade avançada

Diferentemente dos homens, as mulheres não produzem gametas. Elas nascem com um número definido de folículos, que serão usados ao longo da sua vida reprodutiva. Por isso, a partir dos 35 anos a fertilidade feminina começa a entrar em declínio. Além da diminuição da quantidade de folículos disponíveis, a qualidade dos óvulos também é afetada, aumentando o risco de infertilidade.

Fatores ovulatórios

Distúrbios hormonais podem afetar o desenvolvimento e amadurecimento dos folículos ovarianos e impedir a ovulação, sendo a causa mais frequente de infertilidade feminina. Entre as doenças que estão relacionadas a problemas ovulatórios, a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) se destaca. Ela é a principal causa de infertilidade por ciclos anovulatórios (quando não há ovulação).

Mulheres com distúrbios na tireoide, baixa reserva ovariana e insuficiência ovariana prematura (FOP), conhecida como menopausa precoce, também correm o risco de infertilidade por fatores ovulatórios.

Fatores tubários

Entre as doenças que podem ocasionar obstruções tubárias está a endometriose. Ela é caracterizada pela presença de tecido endometrial, que compõe a camada interna uterina, fora do seu local de origem. Os focos da doença provocam um processo inflamatório, que estimula a formação de aderências responsáveis pela obstrução, além de fortes dores.

A falta de tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a clamídia e a gonorreia, também podem causar problemas na saúde reprodutiva da mulher e, como na endometriose, resultam em processos inflamatórios nos órgãos reprodutores.

Em comum, ambas podem levar a distúrbios tubários, alterando a anatomia do órgão ou formando aderências, que bloqueiam a passagem dos gametas e impedem a fecundação.

Fatores uterinos

Os fatores uterinos podem ser congênitos ou adquiridos em algum momento da vida. O primeiro se refere, principalmente, às malformações, como os septos uterinos, o útero unicorno e o didelfo. E, entre as doenças que causam distúrbios temos os miomas e os pólipos endometriais.

Como consequência, esses fatores deformam a anatomia do útero, dificultam a fixação do embrião e aumentam o risco de abortamentos espontâneos e partos prematuros.

Fatores genéticos

As doenças genéticas e as alterações cromossômicas são passadas dos pais para os filhos. Além da transmissão para o feto, também estão relacionadas com falhas na implantação embrionária e perdas gestacionais.

A infertilidade feminina é causada por diversas doenças e condições, que podem impedir a ovulação, bloquear a passagem dos gametas ou dificultar a implantação embrionária. A boa notícia é que a maioria das causas apresentadas pode ser tratada, assim como a reprodução assistida também aumenta as chances de ter filhos biológicos.

Nesse artigo, mostramos as principais causas de infertilidade feminina. Para saber como ela é diagnosticada e as possibilidades de tratamento, clique aqui!

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O que são folículos e qual sua importância para a fertilidade feminina?

Os folículos são estruturas que ficam nos ovários e abrigam os óvulos. Eles se desenvolvem durante o ciclo menstrual.  Em cada ciclo um folículo amadurece, rompe e libera o óvulo que está no seu interior. Entretanto, conforme o tempo passa, eles atresiam e as chances […]

Os folículos são estruturas que ficam nos ovários e abrigam os óvulos. Eles se desenvolvem durante o ciclo menstrual. 

Em cada ciclo um folículo amadurece, rompe e libera o óvulo que está no seu interior. Entretanto, conforme o tempo passa, eles atresiam e as chances de uma gravidez reduzem. Assim, a fertilidade naturalmente diminui com o envelhecimento.

Além disso, precisamos considerar que a gravidez é um processo complexo. Afinal, são muitas as condições que precisam ser atendidas para que a mulher possa engravidar.

Os folículos ovarianos têm uma relação direta com esse processo. Vamos mostrar o porquê e apresentar mais informações importantes neste conteúdo. Acompanhe o texto até o final!

O que são folículos ovarianos?

Os folículos ovarianos se desenvolvem a partir de células epiteliais germinativas, que revestem a superfície do ovário. Também podem ser entendidos como um “óvulo revestido”: quando ele se rompe, libera o óvulo que será capturado pelas tubas uterinas. E é esse óvulo que, se for fecundado por um espermatozoide, origina um embrião iniciando a gravidez.

Como funciona o ciclo menstrual?

Para entender melhor sobre o que são folículos ovarianos, é importante saber como funciona um ciclo menstrual. Ele é um processo fisiológico que acontece em todas as mulheres férteis.

O ciclo menstrual tem a duração de 21 a 35 dias, embora o mais comum seja de 28 dias, período que pode variar para mais ou para menos, pois depende de vários fatores, incluindo problemas de saúde, como a síndrome dos ovários policísticos.

A hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro, sendo considerada a grande “maestra” que regula as demais. Com relação ao sistema reprodutor feminino, há dois hormônios principais secretados por ela:

  • Hormônio folículo estimulante (FSH): responsável por estimular o crescimento e desenvolvimento folicular;
  • Hormônio luteinizante (LH): responsável pelo amadurecimento final e ruptura do folículo (ovulação).

No início do ciclo menstrual, o FSH estimula o crescimento de vários folículos, porém, apenas um se desenvolve. Também estimula a secreção de estrogênio, responsável pela preparação do endométrio, camada interna do útero em que o embrião se implanta, tornando-o, para isso, mais espesso.

Quando o folículo que desenvolveu está quase maduro, ocorre um pico de LH, estimulando o seu rompimento, processo conhecido como ovulação: o óvulo liberado é capturado pelas tubas uterinas onde encontra o espermatozoide.

Se houver esse encontro, o folículo rompido, agora chamado de corpo-lúteo, passa a secretar progesterona, hormônio responsável pelo preparo final do endométrio e pela sustentação da gravidez.

Assim, os níveis de progesterona aumentam e os de estrogênio diminuem, visando uma possível gravidez. Se não houver fecundação, ambos hormônios reduzem, provocando a descamação do endométrio e a menstruação.

Quais são as fases do ciclo menstrual?

O ciclo menstrual pode ser dividido em três fases:

  1. Fase folicular: quando os folículos são recrutados e um deles inicia o desenvolvimento. O endométrio também começa a ser preparado;
  2. Fase ovulatória: quando o nível de estrogênio atinge seus valores máximos e há um pico de LH, induzindo o folículo ao amadurecimento final e ovulação, o que acontece mais ou menos no 14º dia de um ciclo menstrual regular, de 28 dias;
  3. Fase lútea: após a ovulação, o folículo rompido se transforma em corpo lúteo, estrutura responsável pela liberação de progesterona. Essa fase é a última do ciclo menstrual e, se não houver fecundação, a menstruação marca o início de um novo ciclo.

Qual é a importância dos folículos e sua relação com a fertilidade?

A mulher nasce com uma quantidade muito significativa de folículos (cerca de 2 milhões). Essa quantidade diminui até a puberdade para aproximadamente 400 mil e, posteriormente, a cada ciclo menstrual.

Para se ter uma ideia, a cada ciclo menstrual os folículos recrutados que não desenvolveram são eliminados, um número equivalente a mais ou menos 1.000. Quando a mulher chega aos 35 anos já liberou mais de 120.000 folículos, portanto, as chances de gravidez diminuem drasticamente. Por isso, os folículos têm relação direta com a fertilidade.

Esse processo acontece naturalmente nas mulheres férteis, que não utilizam métodos contraceptivos hormonais.

No entanto, caso a mulher tente engravidar por mais de 12 meses sem sucesso, pode começar a investigar os motivos pelos quais não está conseguindo ter ou manter a gravidez. As técnicas de reprodução assistida são uma ótima alternativa para aumentar as chances quando há problemas de infertilidade.

Por que há a estimulação ovariana nas técnicas de reprodução assistida?

Como vimos, o ciclo dos folículos acontece de forma natural. No entanto, nas técnicas de reprodução assistida a estimulação ovariana proporciona maiores chances de gravidez se houver alterações nesse processo.

Na estimulação ovariana são utilizadas medicamentos hormonais sintéticos semelhantes aos naturais para que a mulher libere um número maior de óvulos. Dessa maneira, há mais possibilidades de concretizar a concepção.

Afinal, como vimos, em cada ciclo a mulher tem uma única chance para engravidar, justamente porque libera somente um óvulo. Além disso, é preciso considerar que algumas têm distúrbios de ovulação, quando os folículos não ovulam ou não amadurecem o suficiente para ovular.

O procedimento é, portanto, muito importante para obter sucesso nos tratamentos de reprodução assistida.

Gostou de aprender mais sobre o que são folículos e qual a sua importância para a fertilidade feminina? Complemente o seu estudo lendo o nosso conteúdo que aborda a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Boa leitura!

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Endometriose profunda: conheça mais sobre esse tipo da doença e a relação com a infertilidade

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. De acordo com a sua classificação morfológica, ela é dividida em: endometriose peritoneal superficial, endometriose ovariana, em que há a formação de endometriomas, e endometriose infiltrativa profunda. No entanto, essa divisão nem sempre indica uma […]

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina. De acordo com a sua classificação morfológica, ela é dividida em: endometriose peritoneal superficial, endometriose ovariana, em que há a formação de endometriomas, e endometriose infiltrativa profunda.

No entanto, essa divisão nem sempre indica uma relação direta entre a infertilidade ou sintomas, pois esses dois fatores também dependem de outras variáveis.

Uma outra classificação divide a endometriose em graus, considerando a localização e a profundidade das lesões. Eles também ajudam a entender melhor a situação da paciente, sendo: endometriose mínima, leve, moderada e grave.

Dores pélvicas intensas são um dos principais sintomas da endometriose. Isso ocorre por conta do processo de inflamação provocado nos órgãos atingidos, como consequência da implantação do tecido anormal: na endometriose um tecido semelhante ao endométrio, que reveste internamente o útero, cresce em locais próximos, incluindo os o peritônio, os ovários e as tubas uterinas, por exemplo.

Em longo prazo, ela pode se tornar mais grave, formando aderências consequentes do processo inflamatório, que podem resultar em alterações na anatomia do sistema reprodutor. Resultado: o aumento do risco de infertilidade.

Este artigo aborda a endometriose profunda. Vamos mostrar a sua relação com a infertilidade e como um casal pode ter filhos mesmo após receber esse diagnóstico.

Boa leitura!

O que é endometriose profunda?

A endometriose é uma doença complexa que, até o momento, não possui uma causa conhecida. Ela é definida pela presença de tecido endometrial fora do útero. Durante o ciclo menstrual, o endométrio fica mais espesso para receber o embrião. Mas, se a mulher não engravidar, ele descama e é eliminado na menstruação.

A principal teoria que explica a endometriose sugere que os fragmentos do endométrio, em vez de serem eliminados pela menstruação, retornam pelas tubas uterinas e são transportados pela corrente sanguínea implantando em outros locais.

Os focos de endometriose também respondem à ação hormonal responsável pelo espessamento do endométrio, causando o desenvolvimento do tecido anormal e estimulando o processo inflamatório. Com o passar do tempo, a inflamação provoca a formação de aderências nos órgãos atingidos.

A endometriose profunda é multifocal e as lesões têm mais de 5 mm de profundidade. Estão geralmente localizadas nos ligamentos uterossacros, nos ovários, nas tubas uterinas, ao mesmo tempo que podem atingir o septo retovaginal, as paredes da vagina, o reto o intestino, a bexiga e os ureteres.

Ela provoca sintomas que podem interferir na qualidade de vida da mulher, como:

  • Dores pélvicas (às vezes, incapacitantes);
  • Dismenorreia (cólica menstrual antes ou durante a menstruação);
  • Dispareunia (dor durante a relação sexual);
  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Dificuldade para evacuar;
  • Infertilidade;

Apesar de ser uma doença comum entre as mulheres em idade reprodutiva, a endometriose ainda é cercada de estigmas. Em alguns casos, a paciente pode subestimar as dores pélvicas e demorar a procurar ajuda médica. Por ter caráter progressivo, ela pode se tornar mais grave e colocar a fertilidade da paciente em risco.

Qual a relação da endometriose profunda com a infertilidade?

A endometriose profunda representa o tipo mais grave da doença, porém, esse fato não indica que a paciente está infértil. Apesar de ser uma das principais causas de infertilidade feminina, ser diagnosticada com a doença não significa que a mulher tem dificuldade para engravidar. Uma investigação da saúde reprodutiva do casal deve ser feita para confirmar esse fato.

A infertilidade está relacionada com problemas no funcionamento dos órgãos do sistema reprodutor que a endometriose pode causar. O avanço da doença aumenta o risco de aderências e alterações na anatomia pélvica, causando, por exemplo, um bloqueio nas tubas uterinas que dificulta a fecundação ou distorções na anatomia do útero.

Além disso, o processo inflamatório que ela provoca também prejudica a fixação do embrião endométrio.

Em caso de infertilidade por endometriose profunda, como o casal pode ter filhos?

A confirmação de infertilidade devido à endometriose profunda não significa que o sonho de ter filhos biológicos é impossível. Existem duas possibilidades de tratamento para os casais que desejam engravidar: optar pela cirurgia ou pela reprodução assistida.

O primeiro é indicado para as pacientes com sintomas graves que afetam de forma negativa a sua qualidade de vida. A cirurgia, que é realizada por meio de uma técnica minimamente invasiva chamada videolaparoscopia, visa retirar os focos da endometriose profunda.

Se os órgãos não estiverem comprometidos, o casal pode ter sucesso engravidando naturalmente após procedimento.

Quando isso não acontece a reprodução assistida é indicada. Para as pacientes com endometriose mínima ou leve, as técnicas de baixa complexidade como a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) apresentam bons resultados.

Enquanto para os casos de endometriose profunda, a fertilização in vitro (FIV) é mais recomendada. A FIV é uma técnica de alta complexidade com uma alta taxa de sucesso mesmo em cenários graves de infertilidade.

Ela possibilita o uso de técnicas complementares para aumentar as chances da gravidez, que são escolhidas de acordo com as necessidades de cada casal.

A endometriose profunda corresponde ao estágio mais grave da doença, apresentando lesões com mais de 5 mm de profundidade. Ela compromete o funcionamento dos órgãos atingidos, aumentando o risco de infertilidade.

Uma das características mais marcantes da endometriose é o seu diagnóstico demorado de, em média, 7 anos. O fato de ser assintomáticas em muitos casos ou com sintomas semelhantes aos de doenças, são fatores que contribuem para a demora diagnóstica e, consequentemente, do tratamento.

Para saber mais sobre endometriose, toque aqui.

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Azoospermia (ausência de espermatozoides): é possível ter filhos?

Uma das causas mais comuns da infertilidade masculina é a azoospermia, uma condição caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Existem dois tipos: a obstrutiva, quando há um bloqueio que impede o transporte dos espermatozoides e a não obstrutiva, quando há algum problema que […]

Uma das causas mais comuns da infertilidade masculina é a azoospermia, uma condição caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado.

Existem dois tipos: a obstrutiva, quando há um bloqueio que impede o transporte dos espermatozoides e a não obstrutiva, quando há algum problema que provoca a interrupção ou a diminuição da produção.

Se o homem for diagnosticado com a azoospermia, não poderá ter filhos da forma tradicional. Nesses casos, a reprodução humana assistida pode ser uma ótima alternativa para realizar o sonho de construir a família.

Vamos aprender mais sobre azoospermia? Continue conosco.

O que pode causar azoospermia?

Para entender um pouco mais sobre as principais causas da azoospermia, vamos dividi-la e explicar os dois tipos: obstrutiva e não obstrutiva. Vamos lá?

Azoospermia obstrutiva

A azoospermia obstrutiva é quando os espermatozoides são produzidos nos testículos, mas não saem para o exterior no momento da ejaculação. Isso acontece devido à alguma obstrução dos dutos, que impedem a saída.

A azoospermia obstrutiva é o tipo mais frequente, onde as obstruções normalmente acontecem no epidídimo — duto que coleta e auxilia no amadurecimento dos espermatozoides, além de armazená-los até que estejam adequados para a ejaculação.

As principais causas surgem como consequência de inflamações, como:

  • Infecções genitais;
  • Doenças inflamatórias como orquite e epididimite;
  • Doenças genéticas;
  • Além disso, essas doenças são causadas, na maioria das vezes, por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a clamídia e a gonorreia.

Azoospermia não obstrutiva

A azoospermia não obstrutiva acontece quando há algum alteração nas células que são encarregadas de produzir os espermatozoides. Dessa forma, ocorre a interrupção ou a diminuição da produção, o que pode ser causado por diversos fatores.

Entre eles, a Varicocele, dilatação das veias do cordão espermático, que sustenta os testículos, provocando o surgimento de varizes e outras irregularidades.

A azoospermia não obstrutiva é subdividida em pré-testicular e testicular.

A pré-testicular é a mais rara, pois os testículos são normais embora não produzam espermatozoides. As causas geralmente são hormonais ou genéticas.

Já a testicular é ocasionada pelo resultado de algum dano aos testículos, provocados por inflamações ou outras doenças além da Varicocele, incluindo o diabetes e a insuficiência renal.

É possível ter filhos com a azoospermia?

Sim. O homem, mesmo que tenha o diagnóstico de infertilidade devido à azoospermia, pode ter filhos. Para isso, precisará contar com a ajuda de técnicas da reprodução humana assistida e de recuperação espermática.

A técnica indicada quando há ausência de espermatozoides no sêmen é a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI): os espermatozoides utilizados na fecundação são recuperados dos testículos ou epidídimos, por diferentes abordagens cirúrgicas: PESA e MESA, TESE e Micro-TESE.

Elas se diferenciam na maneira de coletar os espermatozoides. Veja:

  • PESA: quando há a aspiração percutânea de espermatozoides dos epidídimos;
  • MESA: quando há a aspiração de espermatozoides dos epidídimos por microcirurgia;
  • TESE: quando há a extração de espermatozoides do testículo por biópsia;
  • Micro-TESE: quando há a microdissecção testicular, realizada com auxílio de um microscópio cirúrgico.

Portanto, é possível ter filhos pela fertilização in vitro (FIV) e com a coleta de espermatozoides através dessas técnicas citadas.

Após serem coletados, os espermatozoides são submetidos ao preparo seminal, técnica em que diferentes métodos os capacitam, garantindo que apenas os melhores sejam utilizados na fecundação.

Além disso, durante a fecundação cada espermatozoide é novamente avaliado individualmente por um microscópio potente e, depois de ter a saúde confirmada, injetado diretamente no citoplasma do óvulo por um micromanipulador de gametas, o que aumenta as chances de o processo ser bem-sucedido.

Os embriões formados pela fecundação são cultivados por alguns dias e posteriormente transferidos para o útero materno. A transferência pode ser realizada em dois estágios de desenvolvimento: entre o segundo e terceiro dia, chamado D3 ou clivagem e entre o quinto ou sexto dia, no blastocisto ou D5.

Após a transferência do embrião a implantação acontece naturalmente e a gravidez pode ser confirmada em aproximadamente 15 dias.

Vale ressaltar que a FIV é a principal técnica de reprodução humana assistida, com chances de uma gravidez de sucesso por ciclo de realização do tratamento muito altas. Portanto, fique tranquilo: caso você seja diagnosticado com azoospermia, saiba que poderá investir na técnica para realizar o sonho de ter filhos biológicos.

Porém, é importante escolher uma clínica de reprodução humana com profissionais realmente qualificados. Assim, as chances de sucesso são maiores: o médico realizará os exames necessários, entenderá quais são os seus objetivos e planejará um tratamento individualizado.

Se você gostou de aprender mais sobre a ausência de espermatozoides, aproveite para complementar o estudo conferindo mais informações sobre a azoospermia aqui. Boa leitura!

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Histeroscopia: saiba mais sobre o procedimento no contexto da infertilidade

Os fatores uterinos estão entre as principais causas de infertilidade feminina. Por isso, exames que realizam uma investigação precisa no útero são muito importantes. Entre eles, temos a histeroscopia que pode ser utilizada tanto para a investigação da infertilidade quanto para a retirada de miomas […]

Os fatores uterinos estão entre as principais causas de infertilidade feminina. Por isso, exames que realizam uma investigação precisa no útero são muito importantes. Entre eles, temos a histeroscopia que pode ser utilizada tanto para a investigação da infertilidade quanto para a retirada de miomas uterinos (procedimento chamado de miomectomia), por exemplo.

Também chamada de vídeo-histeroscopia, essa técnica minimamente invasiva analisa o útero, o canal endocervical e a vagina da paciente. Ela é dividida em dois tipos: a diagnostica e a cirúrgica.

A histeroscopia diagnostica tem o objetivo de investigar a cavidade uterina da mulher para coletar imagens ou material para biópsia. Desse modo, ela é utilizada para o diagnóstico de doenças e condições que afetam a saúde reprodutiva. E a histeroscopia cirúrgica visa corrigir um problema que foi identificado.

Ela é indicada, principalmente, quando a paciente apresenta sinais como irregularidades menstruais, sangramento uterino anormal, dificuldade para engravidar e dois ou mais abortamentos consecutivos.

Neste artigo, vamos abordar todas as aplicações da histeroscopia na infertilidade feminina. Continue lendo para conferir!

Quais são as diferenças entre a histeroscopia diagnostica e a cirúrgica?

Cuidados antes da histeroscopia

A histeroscopia diagnostica não necessita de sedação, mas ela pode ser feita visando reduzir o desconforto da paciente durante o procedimento. No entanto, a histeroscopia cirúrgica deve ser realizada apenas em centro cirúrgico e com anestesia.

Além disso, a paciente deve realizar todos os procedimentos pré-operatórios necessários, como exames, risco cirúrgico e avaliação pré-anestésica.

Como a histeroscopia é realizada?

O procedimento da histeroscopia, seja ambulatorial ou cirúrgica, é muito parecido. A paciente se deita em posição ginecológica para a introdução do histeroscópio no canal vaginal até a cavidade uterina.

O aparelho possui iluminação e uma câmera acoplada na ponta para transmitir as imagens em tempo real. Por ele também é injetado soro fisiológico para dilatar o órgão e melhorar a visualização do útero.

Cuidados após a histeroscopia

Após a histeroscopia diagnostica a paciente pode retornar para as suas atividades normalmente. Enquanto na histeroscopia cirúrgica, a paciente é liberada após o efeito da anestesia passar.

As principais recomendações após o procedimento cirúrgico são repousar e se abster das relações sexuais por uma semana. Por ser uma técnica minimamente invasiva ela possui muitas vantagens, como: cortes menores, menor tempo de internação e de recuperação em comparação com as cirurgias tradicionais.

A mulher deve ficar atenta aos sintomas no pós-operatório. A presença de sinais como cólica e um leve sangramento por alguns dias é normal. Porém, se os sintomas forem mais intensos ela deve procurar ajuda médica.

Quando a histeroscopia ambulatorial pode ser indicada?

A histeroscopia ambulatorial é uma ferramenta importante para a investigação da infertilidade. Ela possibilita uma visualização mais precisa da cavidade uterina e do endométrio, a camada interna do útero. Com isso, também é possível avaliar sua espessura, vascularização, a anatomia da cavidade endometrial e os sinais de infecção.

O exame pode ser solicitado para complementar os resultados da ultrassonografia pélvica e da histerossalpingografia quando eles forem inconclusivos. Porém, também pode ser a primeira opção do médico.

Entre as principais doenças e condições diagnosticadas com o auxílio da histeroscopia ambulatorial, estão:

  • Endometriose;
  • Anormalidades uterinas congênitas ou adquiridas;
  • Miomas uterinos;
  • Pólipos endometriais;
  • Sangramento uterino anormal;
  • Suspeita de câncer endometrial com biópsia;
  • Obstruções nas tubas uterinas;
  • Sinequias uterinas (aderências);
  • Histórico de abortamento de repetição;
  • Histórico de falhas na implantação do embrião.

Além disso, ele também é indicado para localizar corpos estranhos na cavidade uterina, como um dispositivo intrauterino (DIU) perdido. O procedimento é rápido e seguro, porém, não pode ser realizado se a paciente estiver grávida, menstruada, com alguma infecção ou com sangramento uterino abundante.

Quando a histeroscopia cirúrgica pode ser indicada?

A histeroscopia cirúrgica é recomendada para o tratamento de uma causa diagnosticada anteriormente. O procedimento é mais rápido e seguro do que as cirurgias tradicionais, sendo indicado para várias doenças uterinas, como:

A histeroscopia é uma técnica minimamente invasiva com finalidade diagnóstica e terapêutica. A histeroscopia diagnostica possibilita uma visualização precisa da cavidade uterina para avaliar a presença de doenças e condições que podem causar infertilidade. Enquanto a cirúrgica visa o tratamento quando a causa do problema foi descoberta.

Entre as suas indicações estão a retirada de miomas e de aderências.

Esse exame de imagem é muito importante para detectar alterações na cavidade uterina. Para saber mais sobre ele e os seus riscos, confira nosso texto dedicado à histeroscopia ambulatorial!

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Como a estimulação ovariana aumenta as chances de gravidez?

Geralmente, durante o ciclo menstrual normal a mulher libera apenas um óvulo. No entanto, somente um óvulo pode não ser o suficiente para a gravidez quando há, por exemplo, distúrbios de ovulação, caracterizados por dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento e ruptura do folículo, que abriga o […]

Geralmente, durante o ciclo menstrual normal a mulher libera apenas um óvulo. No entanto, somente um óvulo pode não ser o suficiente para a gravidez quando há, por exemplo, distúrbios de ovulação, caracterizados por dificuldades no desenvolvimento, amadurecimento e ruptura do folículo, que abriga o óvulo, como consequência de diferentes condições.

A estimulação ovariana é utilizada nos tratamentos de reprodução humana assistida para aumentar as chances de gravidez.

Ela tem como propósito estimular o desenvolvimento e amadurecimento de uma quantidade maior de folículos. É utilizada tanto em técnicas de baixa complexidade — como a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) —, quanto nas de alta complexidade — como a fertilização in vitro (FIV).

Vamos entender mais sobre a estimulação ovariana nas técnicas de baixa e alta complexidade dos procedimentos de reprodução humana assistida? Continue conosco.

Como funciona a ovulação natural da mulher?

Na maioria das vezes, os casos de infertilidade feminina estão diretamente relacionados aos problemas de ovulação. Eles são consequência de irregularidades menstruais, que provocam uma série de complicações para quem pretende engravidar.

Em um ciclo natural, mesmo que haja diversos folículos, apenas um se desenvolve e amadurece por completo. Dessa forma, somente um folículo libera o óvulo para ser fecundado. Os demais são perdidos, portanto, a mulher tem apenas uma única chance para engravidar em cada ciclo.

Além de ter uma chance única, mulheres com disfunção da ovulação ainda apresentam mais problemas, pois os folículos não ovulam ou não se desenvolvem. Em ambos os casos, a realização da estimulação ovariana é necessária para aumentar as chances de gravidez.

Os problemas de ovulação, além do amadurecimento ou desenvolvimento inadequado do folículo, também podem acontecer pela falha na liberação do óvulo (anovulação ou ausência da ovulação).

Entre as condições que provocam esse problema estão os distúrbios da tireoide e a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

O que é e como funciona a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é um procedimento realizado com o uso de hormônios, que atuam em diversas fases do ciclo menstrual.

Dessa maneira, na estimulação ovariana tanto o crescimento, quanto o desenvolvimento dos folículos, são estimulados por medicamentos com hormônios semelhantes aos secretados pelo organismo, no entanto, sintéticos. Sendo assim, são administrados desde o início do ciclo menstrual.

Esse processo é acompanhado por exames de acordo com a orientação do médico responsável: ultrassonografias transvaginais de forma periódica indicam quando os folículos atingem o tamanho ideal e, novos medicamentos os induzem ao amadurecimento final.

A próxima etapa do processo de reprodução assistida depende de qual técnica for a escolhida para dar continuidade ao tratamento.

Quais são as técnicas de reprodução humana assistida que utilizam a estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é realizada em todas as técnicas de reprodução humana assistida.

Como a estimulação ovariana aumenta as chances de engravidar nas técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade?

As técnicas de reprodução humana assistida de baixa complexidade são mais simples do que a FIV. Afinal, nelas a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, que devem, portanto, ser saudáveis.

Por conta disso, a dosagem hormonal é mais baixa, pois o objetivo é obter uma quantidade menor de óvulos, evitando a gravidez múltipla.

A RSP normalmente é indicada quando há apenas problemas relacionados a dificuldades de ovular como consequência da SOP ou endometriose em estágios iniciais. Ou seja, os espermatozoides do parceiro não podem ter alterações.

Já na IA, como os espermatozoides são selecionados pelo preparo seminal e posteriormente inserido no útero durante o período fértil, podem ter pequenas alterações.

Dessa forma, a estimulação ovariana é extremamente importante nas técnicas de baixa complexidade para aumentar as chances de gravidez, pois ela estimula o desenvolvimento de uma quantidade maior de folículos, quando comparado ao ciclo menstrual normal da mulher.

Como a estimulação ovariana aumenta as chances de engravidar nas técnicas de reprodução assistida de alta complexidade?

Na FIV, técnica de alta complexidade, a fecundação ocorre em laboratório. Por conta disso, é preciso obter uma quantidade maior de óvulos e, portanto, o estimulo ovariano tende a ser com maiores dosagens. Um dos fatores que mais influenciam a quantidade de óvulos é a idade.

Após a indução da ovulação os folículos maduros são coletados por punção folicular, os óvulos extraídos e selecionados em laboratório.

Os espermatozoide também são selecionados pelo preparo seminal, no entanto, podem ter alterações estruturais de maior gravidade: o processo de fecundação é realizado por FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).

Os embriões são posteriormente transferidos ao útero para que a implantação (fixação no endométrio) ocorra de forma natural.

A FIV é o tratamento de escolha quando há problemas de infertilidade feminina ou masculina de maior gravidade.

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Infertilidade masculina: veja quais são as principais causas

A dificuldade para engravidar é um problema que afeta milhões de casais no mundo. A infertilidade masculina e a feminina são causadas por diferentes doenças e condições que prejudicam a qualidade e a quantidade dos gametas, que são essenciais para a fecundação. A probabilidade de […]

A dificuldade para engravidar é um problema que afeta milhões de casais no mundo. A infertilidade masculina e a feminina são causadas por diferentes doenças e condições que prejudicam a qualidade e a quantidade dos gametas, que são essenciais para a fecundação.

A probabilidade de a infertilidade conjugal estar relacionada a fatores masculinos ou femininos é a mesma, porém, sabemos que os homens têm uma maior resistência em procurar auxílio médico. Resultado: algumas doenças podem se agravar por conta da falta de tratamento e afetar a saúde reprodutiva do homem.

Por isso, discutir sobre esse tema é importante para evitar que esses casos aconteçam. Neste artigo, vamos abordar as principais causas da infertilidade masculina.

Boa leitura!

Como o sistema reprodutor masculino é formado?

Antes de mostrarmos as principais causas de infertilidade masculina, precisamos entender como funciona o sistema reprodutor. Ele é formado pelos testículos, epidídimos, ductos deferentes, uretra, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. E ainda, temos o pênis e o saco escrotal como órgãos externos.

Os espermatozoides são produzidos nos testículos e seguem em direção aos epidídimos para finalizar o amadurecimento e serem armazenados. Para formar o sêmen, os gametas masculinos percorrem os ductos deferentes e a uretra e são incorporados ao fluido seminal. Ele é produzido pelas glândulas acessórias, formadas pela próstata, glândulas bulbouretrais e vesículas seminais.

O que é infertilidade masculina?

De forma geral, os casais só se preocupam com a fertilidade quando sentem o desejo de ter filhos, o que pode gerar uma ansiedade quando a gravidez demora a acontecer. Ela deve ser investigada, após  12 meses de tentativa sem sucesso.

Algumas causas da infertilidade masculina não apresentam sintomas, dificultando o seu diagnóstico. Dessa maneira, a dificuldade para engravidar é o principal motivo que leva o casal a procurar ajuda médica a fim de investigar o que está acontecendo.

Nos homens, a infertilidade está relacionada, principalmente, com o transporte, a qualidade e a quantidade de espermatozoides produzida. As doenças e condições que afetam esses parâmetros provocam o mau funcionamento do sistema reprodutor, como veremos a seguir.

Quais são as principais causas da infertilidade masculina?

A capacidade reprodutiva do homem pode ser afetada por várias doenças e condições, assim como por fatores externos relacionados ao seu estilo de vida. Abaixo, confira a lista de causas mais comuns da infertilidade masculina.

Azoospermia

A azoospermia é uma condição definida pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado. Os casos são classificados como: obstrutivos (quando há um bloqueio impedindo o transporte dos gametas) ou não obstrutivos (quando o problema está na produção dos gametas).

A azoospermia obstrutiva é provocada por aderências consequentes de inflamações nos órgãos do sistema reprodutor, infecções, cistos, tumores e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

E as causas mais comuns de azoospermia não obstrutiva estão relacionadas a distúrbios genéticos e hormonais, problemas na tireoide, diabetes, caxumba e varicocele, entre outras.

Varicocele

A varicocele é a causa mais comum de infertilidade masculina. Ela é caracterizada pela presença de varizes nos testículos devido a um mau funcionamento no fluxo sanguíneo que passa pelo cordão espermático.

Como consequência, o sangue se acumula dilatando as veias. Ela aumenta a temperatura dos testículos e provoca um acúmulo de toxinas que afetam a produção de espermatozoides, resultando, dessa forma, na diminuição ou ausência de espermatozoides no sêmen, dificultando ou impedindo a fecundação.

Processos inflamatórios

As infecções, causadas principalmente por bactérias relacionadas a DSTs são um risco para a fertilidade conjugal. Elas resultam de doenças como a clamídia e a gonorreia, que são transmitidas por relação sexual sem o uso de preservativo.

Provocam um processo inflamatório na região e a formação de aderências que bloqueiam o transporte dos espermatozoides. De acordo com o local afetado, a doença recebe um nome diferente: orquite (infecção nos testículos), epididimite (infecção nos epidídimos) e a uretrite (infecção na uretra) estão entre as mais comuns.

A resistência do homem em procurar um médico é um fator relevante nestes casos. A demora no tratamento agrava a doença, colocando em risco a capacidade reprodutiva do paciente.

Anormalidades cromossômicas

Os cromossomos carregam as informações genéticas de um indivíduo, assim, a presença de alguma anormalidade cromossômica ou genética pode dificultar a gravidez. Quando transmitidas para o feto, elas podem provocar falhas na implantação do embrião, abortamentos e doenças genéticas.

O homem continua produzindo espermatozoides ao longo da vida, mas eles envelhecem com o tempo, aumentando o risco de anomalias cromossômicas.

Quando um casal apresenta dificuldades para engravidar, tanto o homem quanto a mulher precisam passar por uma avaliação. A infertilidade masculina está relacionada, principalmente, a problemas na produção, na qualidade ou no transporte dos espermatozoides. Entre as suas causas mais relevantes, temos: azoospermia, varicocele, anormalidades cromossômicas e processos inflamatórios como a orquite, a epididimite e a uretrite.

O objetivo desse artigo era mostrar os principais fatores masculinos que podem dificultar a gravidez. Se você quiser se aprofundar no tema e conhecer os sintomas mais comuns e os tipos de tratamento mais indicados nesses casos, acesse o texto completo sobre a infertilidade masculina!

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Preparo seminal nas técnicas de reprodução assistida: qual a importância?

O preparo seminal é uma técnica utilizada para melhorar as chances da gravidez nos tratamentos com IA (inseminação artificial) e FIV (fertilização in vitro). Na IA consiste em obter uma subamostra de sêmen com grande concentração de espermatozoides viáveis, posteriormente inseridos no útero, enquanto na […]

O preparo seminal é uma técnica utilizada para melhorar as chances da gravidez nos tratamentos com IA (inseminação artificial) e FIV (fertilização in vitro).

Na IA consiste em obter uma subamostra de sêmen com grande concentração de espermatozoides viáveis, posteriormente inseridos no útero, enquanto na FIV seleciona os espermatozoides mais saudáveis para a fecundação, realizada em laboratório. Grande parte dos casos de infertilidade masculina pode ser solucionada com o uso do preparo seminal nessas técnicas de reprodução assistida.

Para entender melhor o preparo seminal é importante conhecer de forma mais aprofundada a relação entre sêmen, espermatozoide e a alta qualidade seminal para se chegar à gestação, por vias naturais ou com o auxílio da reprodução assistida.

A qualidade do sêmen está diretamente relacionada à fertilidade masculina por conter as células reprodutivas dos homens. Formado por fluidos produzidos pelas glândulas anexas – próstata, vesículas seminais e glândula bulbouretrais –, garante a nutrição e integridade dos espermatozoides ao longo do trajeto até as tubas uterinas para fecundar o óvulo.

Qualquer desequilíbrio na composição do sêmen e nas estruturas envolvidas no trajeto durante a ejaculação, diminui a sua qualidade e as chances de conseguir uma gestação.

No texto a seguir, explicaremos como o preparo seminal é realizado e os motivos pelos quais pode ser uma técnica fundamental para o sucesso no tratamento de alguns casos de infertilidade masculina.

O que é preparo seminal e como ele é feito?

O preparo seminal é um conjunto de procedimentos realizados para selecionar os espermatozoides viáveis, utilizando-os tanto na IA, como na FIV. A escolha da melhor técnica depende do resultado dos exames que avaliam a qualidade do sêmen e dos espermatozoides, indicando quais são as alterações por trás do quadro de infertilidade masculina.

O espermograma é um dos primeiros exames solicitados para averiguar se há poucos (oligozoospermia) ou nenhum (azoospermia) espermatozoide no sêmen, além de alteração morfológica (teratozoospermia) ou de motilidade (astenozoospermia) no espermatozoide, problemas que podem dificultar a fecundação.

Após a avaliação do resultado, a amostra de sêmen para reprodução assistida pode ser coletada. Nos casos de azoospermia, a obtenção de espermatozoides é feita por recuperação espermática, buscando estas células diretamente dos epidídimos e dos testículos, utilizando as técnicas PESA e MESA e TESE e Micro-TESE, respectivamente.

Existem diferentes metodologias para o preparo seminal e todas têm como objetivo a separação e seleção de amostras com maior concentração de espermatozoides saudáveis, para que seja possível escolher os gametas mais qualificados e com maiores chances de fecundação. Dependendo da alteração seminal da amostra, podem ser associadas:

Swim-up (migração ascendente)

A amostra de sêmen é inserida no fundo de um tubo de ensaio, que em seguida é preenchido por um meio de cultura nutritivo de densidade conhecida e contínua, diferente da do sêmen, e submetido a uma intensa força centrífuga em uma máquina apropriada. O objetivo é fazer com que os espermatozoides mais aptos nadem em direção à superfície do tubo.

Sperm wash (lavagem seminal)

Nessa técnica, o preparo seminal é realizado, da mesma forma, em um tubo de ensaio com um meio de cultura nutritivo. O tubo é submetido a uma força centrífuga e o plasma seminal é separado dos espermatozoides

Gradiente descontínuo de densidade

A amostra também é submetida a uma força centrífuga para separar o plasma seminal dos espermatozoides, contudo, o tubo de ensaio é preenchido por diferentes meios de cultura com densidades distintas. Os espermatozoides viáveis devem conseguir transitar por todas, formando um concentrado de células reprodutivas aptas à fecundação.

Qual a aplicação do preparo seminal nas técnicas de reprodução assistida?

Após a seleção dos melhores espermatozoides pelo preparo seminal já é possível iniciar os procedimentos da técnica de reprodução assistida indicada. Apenas a IA e a FIV possibilitam a capacitação dos gametas masculinos.

Na RSP (relação sexual programada), técnica mais simples de reprodução assistida, o objetivo é estimular o desenvolvimento de mais folículos e programar a relação sexual para o período de maior fertilidade apontado por exames de ultrassonografia. Por isso, os espermatozoides devem estar dentro dos parâmetros de normalidade.

Quando o casal opta pela FIV, a fecundação acontece em laboratório, normalmente por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que um espermatozoide é injetado dentro do oócito, com o auxílio de um aparelho especial.

Já na IA, as subamostras obtidas no preparo seminal são inseminadas, com ajuda de um cateter, diretamente no útero durante o período fértil da mulher, o qual é monitorado e pode ser devidamente controlado.

Para mais informações sobre o preparo seminal toque no link.

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